O futebol brasileiro voltou a ser o centro das atenções em todo o mundo, com duas equipes de ponta do esporte mais popular do país disputando a final de uma das competições futebolísticas mais difíceis, longas e competitivas do planeta. A Libertadores se equivale mesmo a um campeonato continental, pois inicia-se em janeiro e somente tem a sua conclusão, quando é realizada a final, no mês de novembro. A edição que acaba de chegar ao fim foi atípica, em função da pandemia mundial, fazendo com que o calendário sofresse alterações. Essa particularidade, no entanto, não retirou o brilho e a grandeza da competição, que foi disputada com a mesma pegada e ímpeto que sempre marcou o torneio.
A final de uma competição dessa envergadura e importância, reunindo duas equipes com o peso e a tradição de Palmeiras e Santos – duas das maiores camisas do futebol nacional – faz cair por terra toda a cantilena entoada pelos inimigos do futebol brasileiro, que buscam desqualificar o melhor futebol do mundo, campanha essa que encontra ressonância aqui em nosso próprio país, na voz e no posicionamento de setores da “crônica esportiva”, que parece ter se especializado em atacar a vitoriosa e campeã escola brasileira, o futebol arte, ainda reconhecido nos mais distantes recônditos do planeta como o melhor do mundo.
Obviamente que esta deplorável e rasteira campanha está em sintonia e a serviço de interesses alienígenas, estranhos ao futebol nacional. São setores que se colocam como aliados dos grandes monopólios que, dentre outras ações deletérias, buscam exercer o controle econômico, político e social sobre o esporte mais popular do mundo, aquele que mobiliza as emoções e as paixões das massas nos quatro cantos do planeta.
Para o imperialismo mundial, é inaceitável que um país como o Brasil, que não faz parte do círculo restrito das nações ricas e exploradoras, onde estão localizadas sede das grandes marcas e dos grandes monopólios capitalistas, ostente a condição de “país do futebol”, maior produtor e exportador de craques para os gramados do mundo. Daí a necessidade de atacar e depreciar o nosso futebol, denegrir e tentar manchar a imagem dos nossos craques, como fazem hoje com o jogador Neymar, vilipendiado e perseguido não só pela imprensa esportiva mundial, como também pelos jornalistas e comentaristas esportivos do Brasil, sempre dispostos a jogar água no moinho dos inimigos do futebol brasileiro.
Em campo, Palmeiras e Santos fizeram uma partida compatível com uma grande final de Libertadores. As duas equipes se respeitando, sem arriscar muito, com muita marcação, pegada e jogo duro, tenso e bem disputado, com poucas chances de gol de ambos os lados. No entanto, quando tudo parecia se encaminhar para a prorrogação, pois nada parecia indicar que o campeão sairia no tempo regulamentar, o “Verdão”, em um lance fortuito, aproveitou uma bola alçada à área e numa cabeçada certeira de Breno Lopes, fechou o placar. Isso quando a partida já se encontrava nos descontos, aos 54 minutos minutos. Não restava tempo para mais nada e com o apito final, o Palmeiras partiu para o abraço e a festa, comemorando a conquista do seu bicampeonato (1999 e 2020) continental.