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Às fábricas e universidades

Tomar as ruas neste dia 19

Superar todas as barreiras colocadas pela paralisia das direções da esquerda pequeno-burguesa e não apenas levar centenas de milhares, mas sim, milhões de pessoas às ruas.

Na manhã desta quarta-feira, a Frente Fora Bolsonaro, composta pelos principais partidos da esquerda e organizações populares decidiu por convocar um novo dia de mobilizações em todo país, à exemplo do ocorrido no final de maio. Estas manifestações, marcadas para o dia 19 de junho representam um passo adiante na mobilização contra o regime golpista, e para que elas se concretizem em um grande sucesso é necessário realizar uma forte campanha de agitação política nas ruas de todo país.

Um crescimento da Mobilização

Resta um pouco mais de duas semanas de preparação para as manifestações. Dado ao alto nível de radicalização política visto nas manifestações do último dia 29 e nas greves que passaram a surgir em diversas categorias do país, está claro que realizar uma grande campanha será capaz de superar todas as barreiras colocadas pela paralisia das direções da esquerda pequeno-burguesa e não apenas levar centenas de milhares, mas sim, milhões de pessoas às ruas.

Realizar este feito representará uma grande vitória para a mobilização dos trabalhadores e poderá ser responsável por colocar em movimento uma efetiva derrubada do regime golpista. Visando cumprir este papel, os Comitês de Luta, onde concentram-se militantes do PCO e outros partidos da esquerda, assim como ativistas da esquerda em geral, lançaram-se na tarefa de iniciar um estágio permanente de mobilização, convocando todos os trabalhadores a estarem nas ruas na próxima grande manifestação.

Por meio de nota publicada em seu sítio oficial na internet, os Comitês afirmaram a importância de estar nas ruas desde já. Assim como colocado “os Comitês de Luta devem estar na vanguarda da mobilização para o dia 19 de junho, assim como estiveram na vanguarda este tempo todo, quebrando a resistência da esquerda em sair às ruas com os grandiosos atos de 31 de março e 1° de maio, nos quais foram fundamentais.”

Como maneira de mobilizar todos os Comitês que existem no país, a coordenação dos Comitês de Luta ainda destacou ser fundamental que em todo o país seja dever dos comitês mobilizarem “aqueles que estão em seu entorno, realizar desde já atividades diárias de agitação. Devem fazer mutirões de ligações convocando os contatos, panfletagens em locais de ampla circulação, colagem de cartazes e adesivos. Devem ir aos bairros operários fazer mutirões chamando à participação dos trabalhadores das periferias e favelas.”

É necessário uma mobilização permanente nas fábricas e universidades

No mesmo sentido, o restante da esquerda deve estar nas ruas fazendo um intenso trabalho de agitação política. É fundamental estar nas fábricas, sobretudo neste momento de brutais ataques aos direitos trabalhistas, ausência de reajuste salarial, alta da inflação e enorme genocídio provocado pelos golpistas na pandemia. É apenas junto a classe trabalhadora, a organizando e mobilizando que as manifestações irão ganhar um caráter ainda mais explosivo.

Além disso, é necessário realizar atividade nos bairros, denunciando o desemprego, a fome, exigindo auxílio e vacina para todos, como também mobilizando a juventude estudantil e trabalhadora, que sofre dos ataques feitos a bolsas, do volta às aulas presenciais em plena pandemia e com os cortes realizados contra a educação, responsáveis por estar levando ao fechamento de diversas universidades federais em todo Brasil.

A juventude, principalmente, é um setor de extrema importância a ser mobilizado. Nas manifestações do dia 29 de maio, este setor dominou todos atos pelo Brasil, onde mesmo com a ausência das principais direções do movimento estudantil, controladas pela UJS (PCdoB), toda uma juventude desorganizada tomou às ruas em um fenômeno que se assemelha ao ocorrido em 2013, contudo, com a diferença clara de qualidade, tendo estas manifestações uma clara diretriz contra o golpe de estado.

Nas ruas é preciso realizar panfletagens, colagens de cartazes, etc. criando todo uma clima de mobilização para as manifestações. Desta vez, é importante que a esquerda passe a mobilizar seus aparatos, saia da paralisia encontrada nas suas direções e coloque suas organizações para realizar um verdadeiro trabalho de mobilização, colocando em movimento todo os aparatos partidários e sindicais.

Com Lula, colocar abaixo o regime golpista

Outra questão de extrema importância é garantir a presença de Lula nas manifestações. O chamado para um novo ato de massas desagradou toda a burguesia que tenta, por meio de uma campanha em sua imprensa, novamente confundir as direções da esquerda e destruir as manifestações.

A burguesia faz campanha pelo retorno do “verde e amarelo” com o pretexto que ele teria sido “roubado pelo bolsonarismo”, assim como feito no passado. Além disso, pressionam no sentido de “expandir para outros setores”, o que significa, permitir que a direita dita “democrática” se infiltre nas manifestações.

Outro problema chave, é a tentativa da burguesia em ressurgir com a campanha já superada do “fique em casa”. Afirmando haver “divisões nas organizações do movimento”, jornais como O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo tentam emplacar a ideia de que as manifestações estariam proliferando o vírus, quando na realidade, o fato de não ter havido grandes mobilizações foi o principal motivo do verdadeiro genocídio promovido pelo regime golpista durante a pandemia.

Levando Lula às manifestações, ficará claro que os atos são diretamente contra, não apenas Bolsonaro, mas todo regime golpista. Evidenciará, que não há espaço para nenhuma burguesia dita “civilizada” e que Lula é a candidatura que representa os interesses da população trabalhadora que quer pôr abaixo o governo Bolsonaro e o golpe de estado.

Sendo assim, é importante que desde de já, toda a esquerda se junto em torno da mobilização impulsionada pelos Comitês de Luta e garanta a realização de um verdadeiro ato de massas, com milhões de pessoas nas ruas de todo país, para pôr abaixo todo regime golpista.

Abaixo, segue a nota oficial da direção dos Comitês de Luta convocando as atividades por todo país:

As organizações populares marcaram um novo ato de massas para o dia 19 de junho, após as vitoriosas manifestações do dia 29 de maio, que levaram centenas de milhares de trabalhadores, jovens, mulheres, militantes e ativistas a se manifestar por auxílio, vacina e Fora Bolsonaro em mais de 200 cidades.

Foi um acerto decidir por continuar as mobilizações. Os atos de sábado mostraram que a população oprimida quer se mobilizar, quer se manter na rua para derrubar Bolsonaro e todo o regime golpista e assim conseguir vacina para todos, auxílio emergencial de ao menos um salário mínimo, emprego com redução da jornada de trabalho e um governo dos trabalhadores.

A decisão revela a pressão enorme que os trabalhadores e as bases militantes dos movimentos e partidos de esquerda estão impondo. Estão ávidos por mobilização.

Temos que repetir o exemplo dos nossos irmãos colombianos, que há mais de um mês mantêm-se firmes nas ruas do país, mesmo sob intensa repressão, exigindo os direitos democráticos e lutando pela derrubada do governo direitista de Iván Duque.

Temos que seguir a tendência continental ao levante popular, como fizeram os paraguaios, chilenos, equatorianos, bolivianos, guatemaltecos, hondurenhos, haitianos.

As massas populares brasileiras querem e vão se mobilizar, até derrotar o golpe e o imperialismo, até derrubar Bolsonaro e toda a direita golpista.

Os Comitês de Luta devem estar na vanguarda da mobilização para o dia 19 de junho, assim como estiveram na vanguarda este tempo todo, quebrando a resistência da esquerda em sair às ruas com os grandiosos atos de 31 de março e 1° de maio, nos quais foram fundamentais.

Em todo o país, devem mobilizar aqueles que estão em seu entorno, realizar desde já atividades diárias de agitação. Devem fazer mutirões de ligações convocando os contatos, panfletagens em locais de ampla circulação, colagem de cartazes e adesivos. Devem ir aos bairros operários fazer mutirões chamando à participação dos trabalhadores das periferias e favelas.

Esse é o dever dos Comitês de Luta em todo o País, trabalhar intensamente para que os atos do dia 19 sejam ainda maiores que os do dia 29 de maio. Organizar uma gigantesca onda mobilizadora, uma jornada de protestos cada vez maiores até a derrubada de Bolsonaro pela força popular e derrubar o regime golpista de conjunto.

Coordenação Nacional dos Comitês de Luta

3 de junho de 2021

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