Nesta terça-feira (16), a Secretaria de Educação divulgou dados da propagação da Covid-19 registrados dentro das instituições de ensino públicas e privadas no estado de São Paulo. Segundo a secretaria, 741 casos da doença foram confirmados nas escolas desde o início do ano entre estudantes, funcionários e professores e cerca de 1.133 em suspeita .
Segundo o secretário de educação, Rossieli Soares, nove escolas estaduais foram fechadas por conta de casos da doença, e duas já voltaram a colocar os estudantes de volta nas salas de aula. Os dados são válidos desde janeiro até o dia 13 de fevereiro e não contabilizaram totalmente números de alguns municípios, como a capital paulista.
desde janeiro foram registrados:
– Rede privada – 130 alunos infectados e 141 funcionários infectados
– Rede estadual – 83 alunos infectados, 1 funcionário infectado e 372 servidores públicos infectados
– Rede municipal – 1 aluno infectado e 13 funcionários infectados
As instituições de ensino foram reabertas dia 8 de fevereiro, pelo governador fascista João Doria. Somente na primeira semana de aula, ocorreram cerca de 77 casos de infecção pela COVId-19. A maioria dos infectados foram os docentes, 62 foram contaminados e 15 estudantes também se contaminaram. Cerca de 40% dos alunos sequer participaram presencialmente das aulas.
Os casos não ocorrem somente no estado de São Paulo, em Indaiatuba, por exemplo, após 10 dias do retorno das aulas presenciais foram registrados 11 casos de infecção de profissionais pelo Coronavírus e outros 36 aguardam resultados de exames.
Em Maceió também ocorreram problemas relacionados à exposição dos alunos, técnicos e professores ao vírus, 3 grandes escolas particulares da cidade suspenderam suas aulas presenciais após aparecerem suspeitas de contaminação.
Outro problema que ocorre nas escolas é a falta de estrutura e de medidas sanitárias para conter o avanço da pandemia, algo que está deixando os alunos, funcionários e professores insatisfeitos. 580 escolas, em são paulo, não abriram por falta de estrutura, algo que mostra que as escolas não estão preparadas e que elas sequer têm a estrutura necessária para suportar a volta às aulas presenciais.
Todo esse caos que está ocorrendo em relação ao problema da volta às aulas acontece pois, após a pressão dos capitalistas da educação e banqueiros em cima dos governos estaduais e municipais para que as aulas presenciais retornem, as instituições de ensino que voltaram às atividades presenciais encontraram vários problemas estruturais e sanitários para o retorno das aulas, isso acontece pois é não é possível que não hajam casos de contaminações pelo Coronavírus nos colégios, pelo menos não enquanto não houver uma vacinação séria e em massa no nosso país.
O que os governadores e prefeitos demagógicos como Covas, Doria, Ratinho Jr, e etc. procuram fazer é agradar os donos das grandes escolas e universidades privadas que perderam dinheiro durante a pandemia, nem que isso signifique colocar milhões de pessoas, desde crianças até adultos, nas ruas e os confiar em locais fechados, algo que irá os expor e que irá ajudar a propagar ainda mais o vírus.
Só de Bruno Covas e Doria falarem sobre a volta às aulas em São Paulo já é algo extremamente absurdo, já que das quase 250.000 mortes pelo Coronavírus no Brasil mais de 20% dessas mortes ocorreram no estado de São Paulo.
É necessário uma mobilização dos setores estudantis, dos professores e funcionários das instituições de ensino contra a volta às aulas sem vacinação geral, sem o fim da pandemia e pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas, que é o problema central do país nesse momento.