Neste domingo, o Talibã, grupo nacionalista islâmico do Afeganistão, ocupou a capital do país, Cabul, e impôs uma derrota histórica ao imperialismo norte-americano, expulsando definitivamente o seu exército de uma ocupação que já ultrapassa mais de 20 anos.
A vitória do Talibã se deu em uma velocidade jamais esperada pelo imperialismo. Os especialistas indicavam que poderia levar até seis meses para que as forças populares assumissem o poder na capital. No entanto, o que seriam meses não durou pouco mais de 6 dias. Com um forte apoio popular, que podem ser vistos nos mais diversos vídeos que acompanham a invasão do Talibã em todas as cidades do país, o grupo nacionalista derrotou de maneira contundente o imperialismo, levando a uma histórica vitória popular no país.
O apoio popular ao Talibã foi demonstrado não só pela mobilização nas ruas, como também pela rápida dissolução que o exército local sofreu com a chegada do grupo. Sem qualquer convicção de lutar contra seu próprio povo, o exército local que até então era base de apoio da ocupação norte-americana, rapidamente rachou, com grande parte de seus soldados mudando de lado e ingressando nas forças nacionalistas.
A vitória do Talibã representou a vitória de todo um povo oprimido contra a opressão do imperialismo. Além disso, a derrota no Afeganistão tornou-se um grande exemplo de luta contra a opressão para todos os povos árabes.
É nesta região do Oriente-Médio onde encontra-se grande parte dos conflitos com o imperialismo. Países como Paquistão, Palestina, Síria e o Irã foram palcos de invasões, resistências e grandes conflitos contra as forças imperialistas, sobretudo dos Estados Unidos e da Inglaterra. Dessa maneira, a vitória da luta armada do Talibã mostra para todos os povos oprimidos da região, e principalmente, para tradicionais grupos nacionalistas anti-imperialistas como Hamas, Hezbolá, entre outros, de que não apenas a luta deve ser feita, como também que a vitória sobre o imperialismo é mais possível do que nunca.
Este acontecimento, impulsiona a luta do povo árabe assim como de todo os povos oprimidos no mundo, contra o imperialismo. A cada derrota do imperialismo, a cada guerra vencida por um país atrasado, por um povo oprimido, representa um passo adiante na derrocara geral do imperialismo.
Esta derrota representa um forte enfraquecimento, assim como dito por importantes jornais norte-americanos, o fato representa um acontecimento de grande envergadura para a luta dos povos oprimidos internacionalmente. A ocupação de Kabul pelo Talibã, está no mesmo patamar histórico, segundo o jornal Financial Times, da queda do Shah do Irã em 1979, da queda de Saigon, no Vietnã em 1975, como também da própria revolução cubana em 1959. Por estas comparações já é possível ver a gravidade da derrota que o imperialismo sofreu no Afeganistão, e como isso poderá afetar a luta dos povos oprimidos em todo mundo.
Contra a vitória do Talibã, o imperialismo faz intensa campanha. Erguendo a bandeira do identitarismo, política oficial do imperialismo, a imprensa burguesa inicia uma forte campanha contra o novo governo nacionalista islâmico no país, como uma forma de confundir os desavisados. O que ocorre, independente da política do Talibã, é uma verdadeira sublevação popular no Afeganistão contra os maiores opressores de todo o mundo, uma derrota que custará muito ao imperialismo norte-americano, e abrirá uma onda de mobilizações em toda região.