Uma notícia publicada pela Folha de S. de Paulo nesta quarta-feira (13) traz em sua manchete que “organizadores do Fora Bolsonaro falam que não há condições politicas para o ato do dia 15 de novembro”. Segundo a reportagem, Raimundo Bonfim, da CMP (Central de Movimentos Populares), disse que não há condições políticas para novos projetos do Fora Bolsonaro e o principal motivo é que as manifestações não conseguiram se expandir para além da esquerda.
“A ampliação não resultou em maior participação nos atos, tampouco acrescentou adesões de novos segmentos em prol do impeachment”, aponta Bonfim.
A imprensa, porta voz da burguesia, tenta a todo custo acabar com as mobilizações contra o governo fraudulento e o regime golpista. O motivo é simples. A tentativa de infiltrar elementos direitistas nos atos fracassou totalmente, sendo assim, se utilizar das manifestações para emplacar a terceira via no atos não foi uma manobra bem sucedida, portanto agora é preciso colocar um fim no movimento. Políticos como Ciro Gomes e outros representantes de partidos de direita foram literalmente hostilizados pelos manifestantes durante suas falas no caminhão de som.
Por outro lado o crescimento de trabalhadores, populares e as organizações mais combativas da esquerda nas mobilizações se expressou visivelmente nas cores vermelhas, na palavra de ordem Lula presidente e na repulsa a seus algozes durante o ato. Fica claro que a tentativa da esquerda frente amplista junto com a imprensa burguesa de acabar com os atos é justamente porque, se as manifestações crescerem a partir de agora, podem colocar em cheque todo o regime golpista.
Diante dessa canalhice da esquerda frente amplista e dos representantes da 3ª via, que querem barrar as manifestações, é preciso organizar o movimento pela base. Por isso o PCO, os Comitês de Luta e o Bloco Vermelho ─ setor mais combativo do movimento ─ chamam todos a realizar uma conferência aberta nos dias 30 e 31 de outubro, em São Paulo, para discutir os rumos e iniciar esse processo de mobilização.