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Rui Costa Pimenta no 247

“É preciso um choque da população contra as forças de repressão”

Segundo o presidente do PCO, para modificar a situação é preciso apostar na mobilização popular. Para ele, a organização do povo é motor dos próximos desfechos políticos do país

Nesta terça-feira (08) às 16 horas foi ao ar pela TV 247, e transmitido simultaneamente pela COTV, no You Tube, mais uma Análise Politica com o presidente de PCO, Rui Costa Pimenta.

Logo de início, Rui comentou sobre as eleições presidenciais no Peru, onde o candidato de esquerda, Castillo, aparece na frente da candidata de extrema direita Keiko Fujimori por margem mínima de votos. Rui Pimenta levanta a questão de que a extrema direita já saiu a campo alegando fraude nas eleições mesmo antes do fim da apuração geral das eleições. Segundo Rui o que se apresenta no Peru é mesmo cenário das eleições de 2014, quando Dilma Rousseff foi derrubada pela direita brasileira. Sobre Castillo, Rui fala que o cidadão é uma incógnita e não dá para fazer previsões sobre seu governo futuro. Mas adianta que a burguesia vai de todas as formas tentar dar um golpe contra o candidato, caso seja o vencedor.

Outro assunto comentando foi a questão da absolvição no Exército do ex-ministro Pazuello, que por participar de um evento político com o atual presidente fraudulento Bolsonaro seria passível de punição dentro das forças armadas, o que não aconteceu de fato. E para piorar foi imposto um sigilo sobre o processo de 100 anos. De acordo com Rui Costa Pimenta isso escancara que as forças armadas e militares estão totalmente de acordo com a política de Bolsonaro, e para ele há um aumento significativo do bolsonarismo muito intenso entre os militares e todos os aparelhos repressivos.

“A situação se torna cada vez mais perigosa (não por conta da situação de Pazuello). Mas diante da crise que o governo Bolsonaro está atravessando os militares decidiram apoiar-lo abertamente.” – Rui Costa Pimenta

Isso se desenvolve, segundo Pimenta, porque não há uma oposição concreta ao governo Bolsonaro. Enquanto a esquerda fica a reboque da direita e das instituições, como o congresso e STF que estão abertamente aparelhados com o golpe a ditadura contra o povo brasileiro tende a se aprofundar. Em relação à direita que faz demagogia “antifascista” anti-Bolsonaro”, Pimenta acredita no final das contas, que em uma possível eleição entre Lula e Bolsonaro não há dúvida de quem eles vão apoiar, tanto os políticos burgueses ditos de centro ou “democráticos” como a imprensa golpista de conjunto.

Enquanto a esquerda faz fofocas e picuinha nas redes sociais sobre Bolsonaro e suas denúncias de corrupção envolvendo o governo e seus familiares, como o caso da CPI, Copa América, Forças armadas, se o filho do presidente fraudulento roubou ou não roubou, o bolsonarismo se organiza nas ruas e cresce a possibilidade de estarmos caminhando para uma nova ditadura militar com um fechamento total do regime. “Bolsonaro está se preparando para uma coisa muito séria, a esquerda deveria estar preocupada e atenta em organizar o povo nas ruas”, afirma Rui Costa Pimenta.

Para o dirigente, é preciso aumentar e acreditar amplamente nas forças das mobilizações populares contra o governo Bolsonaro e para se contrapor ao bolsonarismo dentro das forças de repressão. E o crescimento das manifestações de rua é único caminho para desestabilizar o regime e pôr abaixo o golpe de estado e o genocídio contra a população brasileira. Sendo assim “É preciso um choque das forças populares contra as forças de repressão” .

Segundo o presidente do PCO, o partido tem inclusive uma frase para o chamado dos próximos atos de rua, que acontecerão em centenas de cidades – como foi o último – no dia 19 de junho. “1 milhão nas ruas, contra 1 milhão de mortes”. Os militantes do PCO farão intensa campanha nas ruas e nas redes para colocar o povo na rua contra o governo, por auxilio emergencial de pelo menos um salário minimo. É importante canalizar a revolta popular para mostrar nas ruas o descontentamento popular com o governo e as forças de repressão do Estado.

Outro tema comentado na análise são as possíveis infiltrações direitistas dentro das manifestações de esquerda, que são típicos meios usados pela direita e pela imprensa para frear e até paralisar as movimentações populares, como o que aconteceu em 2013. Rui Costa Pimenta já alerta a militância para ficar de olho em qualquer tipo possível de infiltração. Para ele é preciso escorraçar qualquer tentativa de manobrar as mobilizações populares para a direita.

Para isso é preciso que a esquerda se mantenha unida, sem se perder em divergências secundárias. Na mobilização deve haver o máximo de unificação em torno da palavra de ordem de Fora Bolsonaro. “Se tivermos uma ampla mobilização popular, tudo que for contra o Bolsonaro adquire uma nova feição. (…) Se a política está sob a pressão de determinados setores sociais, tudo muda de figura” – conclui Rui Costa Pimenta.

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