Nas redes sociais, nos templos etc. a extrema direita bolsonarista intensificou nos últimos dias a convocação para atos de rua de apoio ao governo, diante do notório cerco que o governo e seus apoiadores sofrem da parte da direita golpista e sua imprensa nos últimos dias, como ficou ainda mais evidente na prisão ilegal e arbitrária do presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jeferson, com quem o presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro, negociava filiação e apoio para ser candidato nas eleições presidenciais do próximo ano.
O cantor sertanejo e ex-deputado bolsonarista Sérgio Reis, lançou chamado aos caminhoneiros, para paralisarem suas atividades e participarem de atos de apoio ao presidente em setembro.
Segundo ele anuncia em um dos vídeos divulgados nas redes sociais, “estamos organizando talvez [nos dias] 4, 5 e 6 de setembro — no dia 7 de setembro não queremos fazer nada para não atrapalhar o nosso capitão Bolsonaro, o nosso presidente, no desfile [do Dia Independência], porque é uma data importante, sem criar tumulto”.
Por sua vez, o pastor bolsonarista e chefe da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, lançou-se a
convocar seu “rebanho”, propondo o impeachment dos ministros do STF como Alexandre de Moraes, que mandou prender Roberto Jefferson, e a convocar a participação nos atos de apoio a Bolsonaro em 7 de setembro.
Diante da ofensiva dos principais setores da burguesia golpista, como o Judiciário, o “PIG” (Partido da Imprensa Golpista) e o conjunto das principais forças política da direita, incluindo o imperialismo norte-americano que mandou emissário do governo Biden, reunir-se com o presidente e vários ministros e anunciar seu apoio à “santa” urna eletrônica e ao judiciário e o “conselho” para que Bolsonaro “Não interfira nas eleições“; o governo e seus apoiadores resolveram convocar novas atividades, como uma manobra defensiva diante dos ataques da direita golpista tradicional, com o evidente objetivo de agrupar e dar coesão ao bloco da extrema direita e dar uma demonstração de força diante das articulações que visam claramente “escantear” Bolsonaro para dar lugar ao candidato da “terceira via”, um candidato “puro sangue” da direita golpista que leve adiante os planos de ataque contra o povo trabalhador brasileiro e a economia nacional, tal como deseja o imperialismo.
A mobilização dos bolsonaristas nada tem a ver com a defesa dos interesses do povo, mas com a busca de não sucumbir diante dos seus aliado, dos “pais” de Bolsonaro e do golpe, que derrubaram Dilma, prenderam Lula e impuseram todo tipo de retrocesso ao povo brasileiro, mas que tiveram que “cavalgar” o “cavalo azarão” Jair Bolsonaro, diante da crise total dos partidos e candidatos tradicionais da direita, para vencer – de forma fraudulenta – o candidato reserva da esquerda.
Em oposição à essa política e à política da terceira etapa do golpe do “centro” é preciso colocar nas ruas a força da classe trabalhadores e demais setores explorados.
Um primeiro passo decisivo e imediato, é lutar contra a sabotagem do dia 18/8, de setores da esquerda e da burocracia sindical, defensores da frente ampla com a direita puxaram o “freio de mão” para conter os protestos que estão levando centenas de milhares de pessoas às ruas contra o governo Bolsonaro e pelas reinvindicações do povo explorado.
Agora, estas manifestações são mais necessárias do que nunca, porque ficou ainda mais evidente do que bolsonaristas e a a “oposição ” de direita estão unidos nos ataques aos trabalhadores que se intensificam como nos casos da “reforma” administrativa (PEC 32) que visa destruir os serviços públicos, na “minirreforma” administrativa, que intensifica a escravidão da contratação com salário super reduzidos (menos de 50% do salário mínimo) e sem quaisquer direitos trabalhistas) e das privatizações dos Correios e Eletrobrás; todas elas apoiadas não pelos setores do “centrão” que apoiam Bolsonaro mas, sobretudo, também pelo PSDB, DEM, PSD e pelos golpistas do PSB PDT e outros que procuram se vender como “centro esquerda”.
Na reta final do dia 18/8 é preciso intensificar a convocação dos trabalhadores no locais de trabalho, bairro populares, escolas e universidades.
Ao mesmo tempo, é preciso convocar desde já o dia 7/9, propondo grandes atos em locais de fácil acesso, de tradicionais manifestações, como a Avenida Paulista, a Candelária, Praça Castro Alves (BA) etc. e, de forma alguma, abandonar a política covarde de entregar as ruas para a direita.