A Petrobrás demitiu arbitrariamente nesta quarta-feira (02) o petroleiro Alessandro Trindade, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). A demissão foi por justa causa, sob a alegação de que o empregado teria participado da ocupação denominada Campo dos Refugiados, em um terreno em desuso da empresa, em Itaguaí.
Alessandro de fato esteve no local, para doações de cestas básicas doadas pelos próprios trabalhadores da Petrobrás. A gestão da Petrobrás, desde então, passou a acusar o sindicalista de fazer parte da organização da ocupação, o que já foi desmentido por ele.
“Até onde apurei, depois dos fatos, a ocupação do terreno da Petrobrás em Itaguaí ocorreu às 04h do dia 1° de maio de 2021. Naquele momento eu estava em minha casa, e pouco depois me dirigi a atividade comemorativa do Dia do Trabalhador, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Por conta do projeto Petroleiros Solidários, que desenvolvo com minha família e companheiros empregados da Petrobrás há mais de um ano, fui chamado por moradores da vizinhança de meu bairro, Padre Miguel, para prestar auxílio às famílias em situação de fome na ocupação. Imediatamente entrei em contato com a diretoria do Sindipetro/NF, entidade da qual sou diretor do departamento jurídico, e a diretoria de pronto tomou a atividade como tarefa do movimento sindical, e me incumbiu de comparecer ao local, o que fiz no mesmo dia 1° de maio, mas já por volta de 11h30, levando alimentos aos necessitados, como havia sido incumbido pela direção”, relatou Alessandro, em ofício enviado à Petrobrás, após ser acusado pela empresa de “prática de não conformidade”, na forma de “apoio à invasão de terreno de propriedade da Petrobrás”.
É preciso a organização e mobilização dos trabalhadores da Petrobras para evitar e barrar as perseguições politicas que estão contra os funcionários da empresa.