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Genocídio deve ser barrado

Diante do colapso da saúde, País tem cepa “verde e amarela”

Ao longo do período de um ano inteiro de pandemia assolando o país, não se viu política efetiva alguma por parte dos governos federal e estaduais

São pelo menos 265 mil mortes pela pandemia no Brasil, é o número oficial a que chegamos na data da redação deste artigo. Em meio a tal genocídio, o sistema de saúde de todo o país se encontra colapsado, incapaz de atender à crescente demanda de leitos, e a população jaz miserável, famélica, e diariamente aglomerada em transportes superlotados a caminho do trabalho, para receber um salário mínimo que não compra duas cestas básicas. Importante colocar, nesse quadro geral, 265 mil mortes é o número oficial, e notória é a maquiagem de dados pelo governo golpista de Jair Bolsonaro, ou seja, o número real é por certo bem maior que isso. Além das mortes, não são contabilizados casos de sequelas da doença sobre a população brasileira, tópico que nem mesmo chega à luz do debate público.

Num cenário de completa calamidade como o apresentado, se abate sobre o país — na esteira da política assassina da direita golpista, fantoche da burguesia internacional — uma nova cepa do vírus, apelidada de P.1. Variante nacional do vírus covid-19, foi fruto da política de ignorar a doença, e até incentivá-la, para não afetar os lucros dos capitalistas com paralisações da economia. A situação chegou a tal ponto que a paralisação parcialmente se impôs. Ainda assim, um número enorme de pessoas foi contaminado, dando vazão a uma possibilidade maior de realizar mutações para o vírus, trazendo-nos ao momento atual com a nova cepa, surgida no Brasil.

Ao longo do período de um ano inteiro de pandemia assolando o país, não se viu política efetiva alguma por parte dos governos federal e estaduais. Não houve investimento grande para a área da saúde em nenhum momento. Não houve realização de testes em larga escala para acompanhar o andamento da doença no país, ampliação emergencial das redes de saúde e contratação de mais profissionais, controle público sobre os laboratórios, para mover a produção contra a pandemia, nem sobre os hospitais privados, para centralizar a gestão da crise. A política, a todo o momento, foi a de não gastar um centavo que de fato importasse no combate à disseminação do vírus, para garantir o máximo do erário público aos banqueiros e financistas. Pior que isso, a política neoliberal, em meio a tais acontecimentos, provocou um desemprego de metade da força de trabalho ativa, e jogou a população na fome com a inflação galopante, fruto da entrega de todas as riquezas nacionais ao imperialismo, mestre dos fantoches golpistas que ora ocupam os cargos governamentais.

A nova cepa, com esse pano de fundo, já massacrou os parcos “alívios” aparentes que se mostravam. Com maior taxa de propagação, fez os números de infecções dispararem, estudos preliminares apontaram ser capaz de infectar novamente pessoas que já haviam tido a doença do antes “novo” coronavírus, com sintomas igualmente ou mais graves, e apontaram para a possibilidade de que a nova cepa P.1 seja resistente à vacina Coronavac, ou seja, os anticorpos gerados pela vacina não seriam capazes de bloqueá-la. É importante, porém, ressaltar que são estudos recentes, não devidamente revisados ainda pelos pares da comunidade científica. Independente disso, são dados relevantes, mesmo num cenário de efetiva inexistência da vacina, em que sequer “imunizar” — na medida em que isso seja possível frente a nova cepa — os profissionais da saúde e idosos do país o governo golpista conseguiu, embora na realidade não tenha tido em nenhum momento essa questão como prioridade.

Caso o atual desenvolvimento do quadro nacional se mantenha, logo o País chegará a 500 mil, meio milhão, de mortes. Os governos federal, estaduais e municipais, sejam da direita golpista ou da esquerda pequeno-burguesa direitista e covarde, em sua maioria esmagadora optaram e estão optando por rifar a população, escolas são reabertas pelo país, colocando dezenas de milhões de pessoas em circulação diária. A alta no número de infecções, inclusive sobre as crianças, favorece o surgimento de uma nova cepa, possivelmente mais letal sobre a juventude, uma política de genocídio, puro e simples. Os profissionais da educação ensaiam reagir país afora, com greves já em curso, como em São Paulo, e greves anunciadas. Os governos adotam a demagogia como método, fechando bares e praias, mas mantendo abertas as escolas, que colocam em circulação e aglomeram um número várias vezes maior de pessoas, por um período de tempo mais extenso e diariamente.

A política genocida deve ser enfrentada seguindo o exemplo de trabalhadoras e trabalhadores da educação. Com greve, panfletagem, colagem de cartazes, atos públicos. Os governos já disseram e repetem, e declaram desavergonhadamente que irão sacrificar quantos trabalhadores for necessário para garantir os lucros do patronato em meio à crise do sistema capitalista. Os trabalhadores devem por sua vez erguerem-se para enfrentar tal situação, a luta de classes se impõe como verdadeira guerra, e muitos morrem sem grande reação, enquanto as direções de esquerda tergiversam e capitulam. Essa política não pode e nem deve ser aceita. A saída para a classe trabalhadora é uma só: pôr abaixo o governo de Jair Bolsonaro, e todo o regime político golpista. Para tanto, deve-se colocar em pauta uma alternativa. A burguesia deu o golpe, prendeu e cassou os direitos de Lula — maior liderança popular do país na atualidade — logo, aí está a chave da situação para o momento. Mobilizar e organizar a luta política! Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Lula candidato! Lula presidente!

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