Dia 29 aconteceram os maiores atos de rua no Brasil não só desde o início da pandemia como desde o fim dos grandes atos de 2019; Foi uma importantíssima vitória da esquerda militante que compreende a necessidade da mobilização para derrotar a direita e conquistar as reivindicações dos trabalhadores. O trabalho do PCO e dos Comitês de Luta não só foi essencial para que acontecessem os grandes atos como a sua atuação foi crucial para puxá-los para a esquerda por meio dos grandes blocos vermelhos que se formaram de norte a sul do país.
A organização prévia ao ato do dia 29 foi extensa. Durante todo o período da pandeia, o PCO e os Comitês de Luta se mantiveram nas ruas ininterruptamente quase que sozinhos. Nesse período a situação de calamidade no país só se intensificou e a tendência as mobilizações cresceu cada vez mais. Foi assim que, no dia 31 de março, nos atos contra a ditadura militar, se iniciou a virada da paralisia imposta pela política do “fique em casa”, que foi derrubada no grandioso ato do dia 1 de maio e que morreu de vez agora no dia 29 de maio.
Ao longo do mês os companheiros que já haviam passado pelo mês de abril organizando o ato do dia 1 de maio voltaram a realizar intensas atividades para agitar o ato do dia 29, foram dezenas de milhares de panfletos, cartazes, adesivos e ligações realizadas em quase todos os estados para conseguir carregar o máximo de pessoas possíveis às manifestações. Foram também organizadas caravanas dentro dos estados e das próprias cidades para levar os trabalhadores até a manifestação. Além disso a organização também passou pela confecção de materiais como faixas, bandeirões, adesivos, pirulitos e a importante Bateria Zumbi dos Palmares, que teve sua estreia no Rio de Janeiro.

A participação do PCO e dos Comitês de Luta na cidade maravilhosa foi importantíssima. Essa frente não só realizou a primeira convocação para o ato, como a mais ampla convocação nas ruas. Assim o bloco vermelho foi composto pelo PCO, pelo Comitê Fora Bolsonaro Rio -CSZ, pela Casa Nem e pelo Movimento de Favelas e Periferias que juntos levaram caravanas do Complexo da Maré e da Favela do Jacarezinho. A Bateria Zumbi dos Palmares teve um estrondoso sucesso sendo praticamente a única do ato e levantando os ânimos de todos os manifestantes que se aproximavam. Outro destaque foi o boneco do presidente fascista que foi carreado pelas ruas e destruído aos chutes no fim do ato sob os cânticos de “uh vai morrer, bolsonaro vai morrer”.
Em São Paulo a mobilização foi a maior do Brasil, tomando a Avenida Paulista, que o governador fascista Dória havia entregado para os bolsonaristas no 1 de maio, de volta para a esquerda. Os adesivos que foram impressos aos milhares se esgotaram no ato, a faixa de 50 metros de Fora Bolsonaro em conjunto com a bandeira gigantes tremularam ao som da primeira Bateria Zumbi dos Palmares do país. A manifestação apesar de ser convocada pelo conjunto da esquerda nacional, se apresentou com se tivesse o DNA do PCO, mais vermelha e mais combativa. Um grande destaque foi a cobertura feita pela Causa Operária TV, transmitida também na TV 247 que obteve mais de 100 mil visualizações.

Em Salvador o bloco vermelho levou a famosa faixa do PCO “Fora Bolsonaro, Abaixo o Fascismo” e mais duas novas faixas confeccionadas pelo Comitê de Luta da Liberdade em defesa da quebra das patentes e vacinação já e do auxílio emergencial de ao menos 1 salário-mínimo, além é claro das tradicionais bandeiras e dos panfletos para distribuição no ato. A manifestação que contava com mais de 5 mil pessoas e diversos blocos como o dos trabalhadores dos Correios, dos secundaristas, dos universitários e de outros partidos teve como um grande destaque o bloco vermelho que agrupou, assim como em todo o Brasil, os elementos mais combativos do Estado que nunca saíram das ruas.
No sul do país, em Curitiba, mais de 3 mil pessoas ocuparam a praça Santos Andrade. Todos os partidos de esquerda participaram e diversas organizações populares, no carro de som do PCO, que tem uma forte presença na cidade desde a prisão política do ex-presidente Lula, teve a sua bandeira hasteada. Os companheiros dos Comitês de Luta de todo o estado, como Paranavaí, Paranaguá, Pontal do Paraná foram a capital formar o bloco vermelho que levou a sua faixa de Fora Bolsonaro e Todos os Golpistas e Lula presidente! A passeata foi até o tradicional local de luta dos trabalhadores a Boca Maldita e contou com falas dos companheiros do PCO e dos Comitês de Luta, este destacou a importância de expulsar a extrema direita nas ruas e organizar a mobilização da classe trabalhadora formando comitês em todo o País.

Já no Planalto Central, a manifestação começou pela manhã, às 9:30 o bloco vermelho se concentrou na Praça Zumbi dos Palmares no centro de Brasília. A concentração contou com companheiros do PT, da cidade ocidental de onde saíram 2 ônibus para o ato e também de outros partidos. A Bateria Zumbi dos Palmares se fez presente e o bloco saiu em passeata encontrou o resto do ato na Praça da República causando grande impacto. Foram levadas faixas de fora Bolsoanaro e vacina já, e diversas bandeiras, que ao se unificar com o ato tiveram que ser removidas de seus mastros devido a repressão fascista da polícia. Ao fim mais de 10 mil pessoas estiveram presentes e ouviram as falas do carro de som incluindo a do PCO.

Este apanhado pegou apenas algumas das mobilizações que aconteceram no dia 29 e tiveram a participação do bloco do PCO com os Comitês de Luta. Esses setores formam a frente mais combativa de todo o país que puxa toda a política nacional para a esquerda. Não só eles foram cruciais para a organização e na participação dos atos do dia 29 como serão cruciais para as mobilizações que estão por vir, como o ato nacional do dia 03 de julho.