Em entrevista ao quadrúpede que se autoproclama historiador Marco Antonio Villa, o cantor Lobão, resolveu sair da sua tumba e chamar o PCO de fascista. Segundo Lobão, a expulsão do PSDB no ato da Avenida Paulista foi um “ataque fascista” do Partido. Segundo o pupilo de Olavo de Carvalho, o fascismo seria uma “atitude” presente na “extrema-direita” e na “extrema-esquerda” e que deveria ser repudiada.
Dado o devido desconto à esclerose do cantor gagá, deve-se lembrar que Lobão foi um dos pseudointelectuais da revista Veja contratados para atacar o PT na época do golpe. De política não entende nada, mas como também a carreira de cantor não estava indo bem, decidiu se prostituir para os pais do bolsonarismo. Após a queda do governo, no entanto, seus serviços já não são mais necessários, e o cientista político de ocasião voltou para a sua caverna.
Volta agora, meio tonto por causa do sol, confundindo o partido da luta pelo Fora Bolsonaro com a sua própria canalhice. Quando ainda cantava para a classe média, Lobão compôs a música “Décadence avec élégance” — decadência com elegância. Poderia ser a música de sua vida, não fosse a parte da elegância… Sua trajetória é uma queda livre.