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Golpistas atentos

Conspiradores e vende-pátria, militares dizem que vão esperar

Os militares por trás da chegada ao poder do governo fraudulento de Bolsonaro esperam os próximos passos jurídicos em relação aos processos de Lula para agir

Após a decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anula todos os processos farsa contra o ex-presidente Lula na Lava Jato, que foram orquestrado e julgados em conluio entre o juiz do caso, Sérgio Moro, e os procuradores provenientes da 13.ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, desagradou aos militares. No entanto, com a situação ainda indefinida, decidiram não “entrar de sola” na questão, por que provavelmente não há uma unidade dentro do Exército em relação ao tema. Os militares disseram agora que é melhor silenciar. Porém, esgotados os passos jurídicos, pensarão em uma possível intervenção.

A decisão repentina de Fachin pode ter pegado os militares de surpresa e desprevenidos. Mais um golpe de Estado, dessa vez com tanques na rua – como fizeram em 1964 – poderia ficar feio diante da situação política, de crise econômica e pandêmica que o País atravessa neste momento. Uma tomada de decisão brusca poderia ter variados desfechos não muito favoráveis. Sendo assim, consideram melhor esperar e avaliar a situação, ver quais são as alternativas.

Isto ficou claro na declaração do ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, o general de Exército Carlos Alberto dos Santos Cruz. Ele disse ao Estadão que, embora a decisão de Fachin chame a atenção, as Forças Armadas não podem se precipitar:

“Até o plenário (do Supremo) se manifestar, tem um caminho a percorrer juridicamente. Tenho absoluta certeza de que o Exército não tem nada a ver com isso. Isso é loucura, não leva a nada. Tem de esperar, ainda há passos jurídicos. Ninguém tem de se precipitar. É preciso ter equilíbrio, uma posição racional.” (General Santos Cruz)

O ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) no governo do golpista Michel Temer, o general de Exército da reserva, Sérgio Etchegoyen, disse que as pessoas em geral estão “indignadas” e “chocadas” com a decisão. O ex-ministro do GSI também discorda da possibilidade de novas manifestações das Forças Armadas sobre os processos de Lula. “Agora, para quê? Não faz nenhum sentido. Está encerrado o assunto. O cara foi lá e fez o que queria fazer”, opinou.

Uma situação no mínimo curiosa por parte do ex-ministro da Secretaria de Governo, o general Santos Cruz, foi sua fala em relação a polarização política, agora com uma possível candidatura de Lula. Para o general a sociedade deveria se afastar de “extremistas” de esquerda e de direita:

“O Brasil não pode mais depender, nem viver, numa guerra de extremistas. Vejo grande entusiasmo de extremistas de uma ponta e da outra. Extremista é tudo igual, o comportamento é semelhante. O fanatismo só está atrapalhando o Brasil. Tem que expurgar esses extremistas, que se dizem bolsonaristas, e os lá da ponta esquerda também. O Brasil tem que mostrar para as turmas das duas pontas que está cansado de extremismo.”

Em depoimento ao Estadão, ele tece elogios à Sérgio Moro, quem o general avalia ter saído desgastado do episódio. Por outro lado fala que Lula e Bolsonaro, ambos não ajudam o País, que não deveria aceitar uma “briga de rua” entre os dois prováveis candidatos finalistas em 2022:

“Está aí Sérgio Moro, gente decente, e outros que são equilibrados e vão parar com esse show diário e não deixar que o Brasil tenha uma eleição transformada em briga de rua digital. É hora do centro. O Brasil precisa de equilíbrio, não de uma eleição de briga de rua”, diz o ex-ministro de Bolsonaro.” (General Santos Cruz)

“Seria cômico se não fosse trágico” os militares golpistas falarem em combater os “extremismos”. Depois de todo apoio e garantia que deram ao golpe de Estado de 2016 e a prisão do ex-presidente Lula.

No mês passado foi revelado em livro pelo próprio general Eduardo Villas Boas, ex-comandante das Forças Armadas, hoje na reserva: um dia antes da votação do Habeas Corpus de Lula, em abril de 2018, o general Villas Boas – com o aval do Alto Comando do Exército – usou o Twitter para pressionar e ameaçar os Ministros da Suprema Corte caso houvesse uma decisão favorável ao ex-presidente mais popular do país. Com esta operação, os generais brasileiros atacaram os direitos políticos de Lula e os direitos democráticos de todo povo brasileiro, garantindo a vitória fraudulenta de Bolsonaro.

Ou seja, os militares agiram ativamente para impedir que Lula concorresse às eleições presidenciais de 2018. Ao contrário do que setores da esquerda pequeno burguesa acreditam, esses generais não apenas apoiaram o golpe de Estado contra Dilma Rousseff, eles foram parte de toda manobra golpista e fraudulenta que levou o fascista Bolsonaro ao poder. É preciso denunciar desde já os militares como bons golpistas que são. Em relação ao caso da anulação dos processos políticos contra o Lula, generais não tem que “esperar” nada, buscando pressionar a situação em determinado sentido. O máximo que devem fazer é ficarem quietos e voltar para a caserna. Não devem dar palpite na política nacional. Inclusive porque eles são traidores do povo, que ficaram a favor dessa quadrilha criminosa dos demais golpistas, como os da Lava Jato, que se venderam aos Estados Unidos para entregar o Brasil.

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