Mais de 600 mil estudantes da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro estão sem o auxílio alimentação que foi garantido desde agosto do ano passado. Essa medida destinava-se a compensar os alunos devido ao fato das escolas se encontrarem fechadas por conta da pandemia de COVID-19 e consequentemente os refeitórios onde se alimentavam no dia dia. O auxílio consiste em 54,25 R$ mensais.
Após a reabertura dos colégios, este benefício foi suspenso, mesmo tendo alunos que optaram por fazer a modalidade do ensino remoto e que permaneceram desse modo. O pretexto da prefeitura seria de que estes alunos poderiam ir até a escola para se alimentar. Ou seja, a prefeitura de Eduardo Paes considera que aqueles alunos e familiares que temem a pandemia de COVID-19 podem morrer de fome em casa.
A medida, além de tudo, é parte de uma tentativa de enfraquecer a resistência das famílias à volta às aulas, uma vez que sempre foi o interesse da burguesia de reabrir comércios e serviços a torto e direito como uma forma de manter a economia e sua situação com segurança.
A Justiça do Rio de Janeiro deu o prazo de que o benefício seja pago até sexta-feira. Isso, é preciso ressaltar, não se deve festejar ou considerar uma vitória. O judiciário não é uma instituição digna de confiança, é visível que deixar os alunos e famílias desprovidos de auxílio aumenta o risco de de uma revolta popular. O Judiciário teme antes com a desestabilização do regime do que com a situação das pessoas.
É preciso mobilizar os estudantes secundaristas para não só garantir o provimento de sua alimentação básica, mas também de impedir o retorno criminoso das aulas durante a pandemia e a implementação da medida farsesca do EAD.