Ciro Gomes sempre foi um elemento da burguesia de direita, não havendo divergência entre o início da sua vida política no movimento estudantil com a sua promiscuidade partidária em legendas burguesas a posteriori.
Um momento marcante documentado da sua vida estudantil do Ciro Gomes foi sua participação no 1º Encontro Nacional de Estudantes Não-Alinhados. O encontro reunia estudantes contrários às lideranças de esquerda que naquele momento estavam à frente do movimento estudantil no País.
A simples presença do Ciro Gomes nesse encontro demonstra que ele nunca foi de esquerda, sempre foi na melhor hipótese um colaborador com a direita. Ocorre que o encontro foi documentado pelo Centro de Informações da Aeronáutica do Rio de Janeiro (Cisa-RJ), e esses documentos vieram a público.
O Informe 0247 do Cisa-RJ era claro: “O estudante Ciro Ferreira Gomes considerou que deveria ser esquecida a ideia de julgamento de torturadores”, realizando uma clara defesa dos torturadores da ditadura. Na mesma fala, ainda chega a alega que não poderia haver julgamento “uma vez que não há documentação legal que comprove os crimes da repressão”.
O documento revela que Ciro era contrário à expressão “punição dos torturadores”, como sendo um julgamento sumário, preferindo no seu lugar o termo “julgamento dos torturadores”. A política realmente defendida por Ciro Gomes era de que um enfrentamento com os militares “poderia dar à ditadura uma ideia de revanchismo”, o que poderia endurecer ainda mais o regime. Para o caso, o certo era “Anistia Ampla, Geral e Irrestrita””.

O que esse caso revela é que na verdade o Ciro Gomes sempre foi da direita e faz um esforço gigantesco para se passar como esquerda. Todo o quadro deixa caracterizado uma manobra de estelionato político, não é um evento raro, mas uma prática comum dos políticos burgueses débeis, que não podem se impor pela própria força e buscam angariar apoio da classe trabalhadora.