São Paulo esta cada vez mais próximo de esgotar todos os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) devido à demanda que vem crescendo muito rapidamente. Enquanto essa situação perdura, e o número de hospitais insuficientes, não dando vazão ao elevado contingentes de contaminados pelo coronavírus, aumenta o já elevadíssimo número de mortos devido ao total abandono do governador de São Paulo, João Doria Jr., do golpista PSDB, tido como o “científico” pela imprensa burguesa.
De acordo com o artigo da venal Folha de São Paulo, a Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde Cross vem registrando rápida aceleração no estado de São Paulo em relação à demanda de transferências para casos de Covid-19.
Ao fazer uma comparação entre os períodos de junho de 2020, onde foram registrados 690 mil pacientes, no mês de março praticamente foram 1.500, ou seja, 117% a mais. No caso do ano anterior, os 690 eram UTIs e outros esse ano são 530 somente de leitos de Unidade de Terapia Intensiva, o que revela que a situação é ainda pior. A pesquisa procura ocultar essa informação.
O colapso iminente
De acordo com os registros diários, a Cross relata que, “como vagas disponíveis diariamente equivaleriam a cerca de 650 leitos de UTI, ante os 530 que estão sendo demandados todos os dias e, assumindo que os hospitais têm neste momento apenas cerca de 5% do total de vagas de UTI por dia, estamos perto de um colapso maior.”
Conforme o próprio governo afirma, os leitos de UTIs estão em 92%, conforme dados recentes, compilados em 1º de abril. Essa situação que já é catastrófica se transformará em uma hecatombe, principalmente porque, com poucas vagas disponíveis nos hospitais, as vagas acabam ficando em vários municípios espalhadas pelo estado, ou seja, um doente grave não pode encontrar UTI perto de onde reside, o que pode leva-lo à morte antes ou durante a transferência para onde existe um leito.
Apesar da demagogia
O governo Doria, que, no ano de 2020 fechou praticamente todos os hospitais de campanha, em pronunciamentos vem dizendo que vai aumentar e criar novos leitos, quando nem sequer consegue leitos consegue colocar nos hospitais já existentes. Quanto à vacina, ao fazer demagogia com o povo de São Paulo, faz a mesma coisa que o genocida do planalto central, o fascista Bolsonaro, em uma luta para ver quem é o mais genocida, quando ambos afirmavam haver vacina e começaram a aplicar vacina, no mês de janeiro, até agora não conseguiram chegar a 3% do total da população vacinada no país, ou seja, é uma verdadeira farsa. A situação que se vê no estado de São Paulo é o retrato da situação catastrófica em que o “científico” genocida Doria está colocando o conjunto da população.
Conforme da venal TV Globo na última sexta-feira (2) a partir de levantamento nas prefeituras do estado, 507 pessoas já morreram em São Paulo à espera de um leito de UTI (271 na capital e região metropolita e 236 no litoral e interior).
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, há mais de 31 mil pessoas hospitalizadas diariamente em virtude da doença, com 13 mil internados em unidades de terapia intensiva.
Escancara a farsa
A situação caótica em que está saúde pública, onde há falta medicamentos básicos para os pacientes com coronavírus, entre outros é mostrado pelo total descaso e, consequentemente a improvisação, como foi relatado pela médica Ana Paula Arias, plantonista em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Guarulhos, cidade da grande São Paulo. Segundo ela a improvisação ajuda a explicar por que o vírus mata tanto no País. “As pessoas saem por morte e não porque conseguiram transferência”. Sem leitos em hospitais, o município foi um dos que passaram a usar até Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para absorver parte da demanda.
Lá, dois postos de saúde viraram “puxadinhos” do prontoatendimento – foi montada tenda ligando a UPA à UBS. Com 94% de lotação na terapia intensiva, a cidade diz que a medida vai durar “o tempo que for necessário”, e fala em “prover outros recursos” à rede. (Estadão Conteúdo – 04/04/2021)
Os infectados ficam mais de uma semana internados no pronto atendimento, onde faltam profissionais e equipamentos avançados para casos, por exemplo, de insuficiência renal – comum entre intubados. “É um dos fatores que contribuem para altas taxas de mortalidade pelo covid-19”, diz o infectologista Fernando Bozza, da Fiocruz.
Adultos e sem jazigos não podem ser sepultados
Diante dessa atitude criminosa do governador do governador Doria, em uma disputa acirrada com o governo ilegítimo de Bolsonaro, como estão fazendo com os hospitais, bem como, os funcionários, que nessas circunstâncias sofrem por estresse, devido ao excesso de trabalho, falta de profissionais da saúde, etc., também colocam os cemitérios na mesma situação, a exemplo do cemitério de Cachoeirinha, onde foi estipulado, em 31 de março pela prefeitura, que haverá sepultamento noturno e os enterros de adultos estão suspensos. O cemitério que contem 28 mil sepulturas, o segundo maior da cidade mais populosa do país não tem mais espaço para abrigar os corpos que chegam ao local, à maioria vítima da covid-19. O serviço segue disponível apenas para jazigos já reservados e nas quadras destinadas a crianças.
No entanto, a prefeitura afirmou que nenhum outro cemitério estaria próximo do esgotamento…
Fora Bolsonaro, BolsoDoria e todos os golpistas
O desastre total da situação da pandemia no mais importante estado do País mostra a farsa que é apontar João Doria ou o PSDB como “científicos” e “civilizados”. São, como toda a direita, representantes diretos da burguesia, que, neste momento, não se importa com quantas pessoas vão morrer, mas somente com quanto vão lucrar com a crise. É preciso, portanto, que os trabalhadores se levantem contra seus inimigos: fora Bolsonaro, BolsoDoria e todos os golpistas!
