A direção golpista da Caixa Econômica Federal, passando por cima do acordo com as direções sindicais, e seguindo as orientações dos banqueiros da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) que, da mesma fora, abandonaram olimpicamente os acordos com as organizações dos trabalhadores, determinou a volta ao trabalho, presencial, até mesmo aqueles funcionários que fazem parte do grupo de risco.
Tal determinação reforça o que este Diário vem denunciando desde o começo da pandemia, quando o governo ilegítimo Bolsonaro e capacho dos banqueiros nacionais e internacionais, decretou que os bancos passassem a ser considerados com serviço essencial e com isso sentenciou os bancários, lotados nas agências bancárias e a população em geral, à morte.
Não foi por um acaso que os caso de desligamento de trabalhadores bancários no período de pandemia, por motivo de óbito, teve um aumento de mais de 200%. Os motivos das mortes na categoria e, por tabela, da população que lota as agências bancárias, se deve à total negligência dos banqueiros, que não ofereceram as mínimas condições sanitárias nas dependências bancárias. Falta de tudo nas agências, desde a proteção acrílica nas mesas de atendimento, até máscaras de proteção do tipo PFF2, que, em nenhum momento, desde o começo da pandemia, foram distribuídas pelos banqueiros, sendo o trabalhador obrigado a levar cada um a sua. Teste Covid-19? Nem pensar. Isso sem falar nas agências que sempre se mantiveram superlotadas, tanto dentro quanto fora. Os trabalhadores bancários da Caixa são os que mais sofrem com essa situação, já que o banco cumpre o papel de responsável pelo pagamento de programas de benefícios sociais, tais como o auxílio emergencial, PIS, Seguro-Desemprego, etc.
Os banqueiros, capitalistas, a imprensa golpista e seus governos, tentam, a todo custo, determinar e passar a ideia de que a pandemia está controlada, sendo que apenas 54% da população está com a segunda dose completada; além disso, persiste um alto índice de óbitos e contaminação diárias no país (números esses, logicamente, subestimados) devido à pandemia.
É preciso responder com um vigoroso “NÃO” à política dos banqueiros de volta ao trabalho presencial. Volta, somente, quando mais de 70% de toda a população esteja com as duas doses da vacina e, além disso, depois de cumprida essa primeira etapa, exigir que todas as medidas de proteção sanitária sejam tomadas. Para isso, é preciso intensificar as mobilizações de toda a categoria bancária através de atos, paralisações, para enfrentar mais esse ataque aos trabalhadores.