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Pena de morte

Caso Lázaro: um circo para justificar a tortura e o assassinato

Direita aproveita caso Lázaro para ampliar a campanha fascista de defesa da repressão contra os direitos democráticos

Após vários dias de perseguição e cobertura exclusiva de imprensa golpista, o agora famoso Lázaro Barbosa foi, inicialmente, preso e, em seguida, executado pelas forças de repressão do estado do Goiás.

O assassinato ocorreu na última segunda-feira, dia 28 de junho, e teve algumas cenas vazadas para a imprensa, especialmente a comemoração dos policiais diante do cadáver cheio de balas e a chegada do corpo do rapaz no hospital.

A direita vibrou a cada momento e fazia uma campanha para que o suposto criminoso fosse detido logo pela polícia. A campanha foi tão grande que inúmeros recursos do Estado foram utilizados para a perseguição de Lázaro, acusado de ter assassinado uma família em Ceilândia, Distrito Federal. 

Perfis psicológicos foram elaborados, conhecidos, parentes e familiares falaram das características sociais e psicológicas de Lázaro, policiais foram ouvidos e, finalmente, na manhã de segunda, Ronaldo Caiado, fascista e um dos principais representantes do latifúndio do centro-oeste, declarou que Lázaro havia sido preso.

Nos celulares chegavam as imagens de um rapaz totalmente perfurado de balas e com claros sinais de tortura, e, com o passar do tempo, a imprensa afirmava que ele foi morto na operação. Em seguida, o bom e velho depoimento dos policiais envolvidos na caçada, afirmando que Lázaro havia disparado e resistido à prisão, por isso foi assassinado. 

A dita troca de tiros é a principal mentira contada pelos policiais em ações que terminam em morte de civis. É uma rotina macabra, famosa, que chama atenção pelo fato de ser apresentada até hoje como justificativa, quando todos sabem que não há troca de tiro alguma, que, quase sempre, é execução sumária.

É o que explica a quantidade de tiros que o cadáver ostenta nas fotos. Se fosse troca de tiros, poucos disparos teriam resolvido a situação. É difícil que uma pessoa com 15 tiros só no peito continue a atirar, ou tenha qualquer sinal vital para qualquer tipo de reação. 

No começo da divulgação, dava para suspeitar que nem o Lázaro era, de fato, aquele que carregavam os policiais feito saco de lixo. E essa suspeita é fundamentada, pois outra prática policial é matar um e dizer que o defunto é outro. Já aconteceu várias vezes. 

Finalmente, toda a operação serviu para colocar lenha na fogueira da direita, que defende a pena de morte, “bandido bom é bandido morto”, a brutalidade policial. Mal se sabe as circunstâncias dos supostos crimes cometidos por Lázaro, mas o que importa é que ele foi executado.

É uma política deliberada de terror, fascista. 

Qualquer pessoa que tenha cometido um crime ou seja suspeita tem o direito de se defender, de um julgamento justo, de apresentar provas, recurso, defesa, enfim, o direito do devido processo legal. 

Mas para a polícia e a direita que a controla, tudo isso é letra morta, o que vale é a pena de morte ambulante, trajada com fardas, viaturas e armas termosensíveis e que a qualquer momento irá “cancelar um CPF”, como disse o presidente golpista Jair Bolsonaro, vibrando com a operação da polícia goiana.

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