A carne bovina já subiu em média 17,6% esse ano e ano passado já havia subido 16,2%. Isso provocou aumento na procura por outras proteínas, que por consequência também aumentaram de preço: a carne de frango já subiu 14%, o ovo 7%, a linguiça 30% e a salsicha 12%. Tudo isso segundo a imprensa burguesa. No mercadinho ou no supermercado, é comum ouvir os comentários de espanto com os preços mais altos.
Se os aumentos ficassem restritos às proteínas já seria bastante, mas com a pandemia os gastos com a higiene necessariamente aumentaram em todos os lares e ambientes. O aumento do consumo de álcool 70% ou gel, por exemplo, agora artigo de primeira necessidade, veio acompanhado de um aumento nos preços que já chegou a superar 200%.
Para qualquer lado que se olhe, só vemos aumentos: arroz, feijão, frutas, produtos de limpeza, material escolar, combustível, etc.
Incrível mesmo é ler a manchete dos jornais burgueses dizendo que os capitalistas estimam inflação de 7%. Como assim? Que cálculo é esse? Vale lembrar que esses são os dados oficiais, provavelmente falsificados, vindos de quem apoia a política econômica do governo.
Os índices oficiais têm uma utilidade, forçar para baixo qualquer reivindicação por aumento dos salários.
A crise do sistema se torna mais visível e palpável. Quem perdeu o emprego cai numa situação de penúria e quem ainda o mantém é ainda mais explorado, fazendo mais e ganhando o mesmo. Mas na prática, a inflação reduz o valor real do salário. Ninguém consegue comprar os mesmos produtos na mesma quantidade que antes.