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Consequências do golpe de 2016

Brasil é única grande economia em desaceleração em 2021

O aumento da fome e miséria do povo chega a patamares insustentáveis, no Brasil e no mundo a crise tende a agravar ainda mais a situação

Enquanto que o grupo das 7 maiores economias mundiais apresenta tendência de crescimento que varia de estável a progressivo em 0,24%, a economia brasileira apresenta tendência de queda progressiva em 0,32%, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), comparando o resultado de março em relação a fevereiro.

O Indicador utilizado, CLI – Composite Leading Indicator, que procura identificar pontos de mudança, de virada, na tendência do desenvolvimento econômico, mostra que mesmo nas economias emergentes como Rússia, China e Índia apresentam a mesma tendência de crescimento, sendo de 0,36% na China, 0,29% na Índia e 0,26% na Rússia.

Indicadores compostos avançados a OCDE — Foto: Economia G1

A análise do gráfico, no relatório da OCDE, indica que no caso dos Estados Unidos a tendência de crescimento constante impulsiona a confiança do consumidor. Na zona do Euro, Japão e Canadá apontam crescimento constante e destacam os casos da Alemanha e Itália. Enquanto que o Reino Unido e França sinalizam crescimento estável.

Por outro lado, a pesquisa do Banco Central – Focus divulgada nesta segunda-feira, e os analistas de mercado corroboram o relatório da OCDE. Eles projetam aumento da expectativa de inflação para 4,85% contra o anterior de 4,81%, queda do crescimento do PIB de 3,17% para 3,08% e a estimativa da taxa básica de juros (Selic) de 5% para 5,25% ao ano. E o FMI aponta a queda do Brasil para a 13ª posição entre as maiores economias.

Embora os dados da OCDE indiquem tendência de recuperação nas economias imperialistas mundo afora, contrariamente ao que acontece no Brasil, não podemos nos esquecer que o PIB mundial encolheu cerca de 4% em média no ano passado, 2020, conforme dados de entidade com sede em Viena (Áustria).

Considerando a desaceleração das economias desde 2008, com a crise da Bolsa de Nova Iorque, e os dados de 2020, ainda estamos muito longe de chegar aos patamares de antes da crise. Se considerarmos os efeitos da pandemia, a coisa fica ainda pior. Não resta dúvida de que o sistema capitalista dá claros sinais de exaustão, encontra-se mesmo na UTI e aguardamos a hora do óbito para os devidos festejos junto à classe trabalhadora.

Assistimos ao enorme crescimento da miséria tanto nos EUA, com 40 milhões abaixo da linha de pobreza, como na Europa com 120 milhões (25% da população), e o pior quadro se encontra nos países em desenvolvimento, que são superexplorados, mais que no “mundo civilizado”. No Brasil, cujas informações são muito dissimuladas, os cálculos levam a que metade da população sofre com a fome.

O crescimento da fome e miséria acontecem ao mesmo tempo que os 10% mais ricos aumentam substancialmente suas riquezas, conforme dados da própria ONU, FMI e organismos internacionais, que são braços do imperialismo monopolista.

Tudo isso é consequência da política nefasta do neoliberalismo, que tem retirado renda significativa dos trabalhadores para engordar os já muito abastados empresários monopolistas. Perda de direitos trabalhistas, previdenciários e redução de tudo que é benefício social, incluídas a saúde, o transporte, a educação e tudo o mais.

A crise do capitalismo é tal que a burguesia corre o risco de explosão social com essa política, para tentar prolongar sua estada no controle do sistema. É iminente o momento de acontecer o inevitável, que a população perca a esportiva e derrube de vez o sistema de intensa exploração e assuma o controle e administração do estado, tornando-o sua propriedade.

No caso do Brasil, sofremos a mesma política, de retirar renda do trabalhador e transferir para os empresários ricos e monopolistas. Como temos uma economia menos produtiva, o empobrecimento dos trabalhadores acaba sendo maior. No terceiro mundo a gordura é menor e já estamos cortando no osso.

Para economizar, não adotaram nenhuma política para conter a crise na economia e na pandemia. Não criaram leitos, UTIs, medicamentos, respiradores, não contrataram profissionais de saúde em número suficiente para enfrentar a crise e nada fizeram, deixando o povo morrer pelo vírus e também pela fome.

A burguesia nacional tenta criar um candidato para substituir o Bolsonaro, que é indesejável mas o único que pode confiar, porém até o momento só tem o Lula para se contrapor ao Bolsonaro. E com isso a crise política dentro da burguesia cresce a olhos vistos, tornando a situação prestes à implosão total.

Os trabalhadores têm como único caminho a seguir, o da organização popular, nas fábricas, nos bairros, nas escolas e traçarem um plano de reivindicações e irem para as ruas para exigir a derrubada da burguesia que mata o povo e para que sejam atendidas todas as suas necessidades. É isso ou morte pelo vírus, pela fome e miséria.

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