O Fundo Mubadala ganhou a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, por US$1,65 bilhão, o que, segundo a avaliação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que fez um cálculo com base Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), valeria entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. Isso quer dizer que o preço caiu pela metade.
Essa é a política da privatização de um governo entreguista, que vem liquidando o nosso parque industrial, com toda certeza, para fazer um caixa dois e beneficiar o próprio bolso e, o mais importante, a campanha presidencial de 2022.
A FUP, inclusive, alega já a alguns tempo, que o que se pretende é a criação de um monopólio regional no estado e em toda a região Nordeste. Também a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, apresentou um estudo. Tal problema foi apontado por estudo onde avaliou ainda que outras cinco refinarias que estão à venda correm o mesmo risco para todas as plantas, o que endossa a tese de monopólio favorecido pelo governo do golpista Bolsonaro.
Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, se manifestou sobre isso dizendo que “A RLAM recebeu investimentos de R$ 6 bilhões somente em hidrotratamento nos últimos dez anos. No entanto, a refinaria está sendo vendida por pouco mais que isso, num momento economicamente ruim em todo o mundo. E não é apenas da planta de refino que está sendo vendida a preço de banana, mas toda a infraestrutura de armazenamento e escoamento da RLAM. São quase 800 quilômetros de dutos, fora os tanques de armazenagem. É um péssimo negócio para a Petrobras, para a Bahia, para o Nordeste e para todo o Brasil”.
Isso coloca a perspectiva de risco para a população da Bahia, e até todo o Nordeste, que vai acabar pagando combustível mais caro, e junto com ele, verão a carestia da vida acontecer. Como se já não fosse ruim para o nordestino a política de gestão da Petrobras, que sofre com as demissões, agora gás de cozinha, combustíveis como gasolina e óleo diesel também vai subir. Com o anúncio do terceiro reajuste de combustível, o grupo Mubadala vai fazer o que bem entender, e até mesmo, optar por negociar mais no mercado internacional, prejudicando o consumo do mercado interno.
Barcelar comenta sobre essa política e ataca seus defensores dizendo que a Petrobras está sendo privatizada aos pedaços, e que não vai sobrar nada nosso. Diz ainda que“…. A Petrobras vai ser tornar uma empresa pequena e mera exportadora de petróleo cru, sujeita a perdas imensas com o sobe-e-desce das cotações internacionais de petróleo”.
Como resultado dessa venda, a FUP está mobilizando trabalhadores e trabalhadoras da refinaria e poderá iniciar uma greve em protesto contra a venda da unidade, como aprovado em assembleias em dezembro passado.