Depois de determinar a obrigatoriedade do retorno ao trabalho presencial de todos os funcionários, inclusive aqueles que fazem parte do Grupo de Risco, aumenta os casos de contaminação pelo coronavírus nas dependências do banco.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região denuncia que, nas duas últimas semanas, com a volta de praticamente todos os funcionários, locais dos prédios do BB na Grande São Paulo, que abrigam um grande contingente de trabalhadores, três dos sete andares do prédio, funcionários foram afastados por terem sido diagnosticados ou por suspeita de contaminação.
Para a dirigente sindical e funcionária do BB, Adriana Ferreira, a direção do banco de forma totalmente irresponsável determinou o retorno ao trabalho de todos os seus funcionários. “Temos notícias de muitos casos entre os funcionários, o que nos preocupa muito. A pandemia ainda não acabou. E tudo isso poderia ter sido evitado se a direção do banco mantivesse o teletrabalho, pois estes bancários que voltaram aos prédios administrativos não lidam diretamente com o público, e poderiam continuar trabalhando de casa. O retorno, sem o cumprimento de protocolo específico, revezamento, escalonamento ou algo que o valha, foi abrupto, precipitado e irresponsável”.
O aumento do número de casos de contaminação nas dependências do banco é mais uma evidência que, para os banqueiros e seus governos, não importa a vida e a saúde dos trabalhadores; o que verdadeiramente importa é o lucro. Tanto é assim, que não fizeram nada desde o começo da pandemia. Determinaram que o serviço bancário passasse a ser, na pandemia, essencial, em consequência houve um aumento de 200% dos desligamentos por óbitos na categoria.
A direção do BB determina o retorno presencial obrigatório sem oferecer, minimamente, um ambiente seguro para os trabalhadores. Reduziu o afastamento mínimo para 1 metro entre as posições de trabalho, não disponibiliza testagens, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de ponta, higienização frequente nas dependências; os ambientes são fechados sem ventilação natural.
É por conta dessa política genocida que no país já foram contaminas mais de 23 milhões de pessoas, com a morte de 619 mil vidas. Todos os dias mais de 9 mil pessoas ainda são contaminadas e cerca de 200 delas morrem todos os dias.
A política dos banqueiros para com os seus trabalhadores, é de que se lasque a vida das pessoas, para eles os bancários são considerados apenas como números, o que interessa mesmo é o lucro, para satisfazer os seus interesses. Esses parasitas não se submeteram em momento algum a qualquer tipo de risco em relação à pandemia. Estão em suas mansões, se deliciando dos prazeres da vida enquanto os bancários morrem feito moscas para manter os privilégios dessa cambada de sanguessugas.