Há pelo menos duas semanas, uma ampla coalizão, que vai desde o PSOL e seus satélites ao PSDB e a família Bolsonaro, foi montada para rosnar nas redes sociais contra o PCO. A lista de caluniadores, embora bastante extensa, não reflete uma indisposição da povo contra o partido. Pelo contrário: é a demonstração mais cabal de que a política do PCO está incomodando os maiores inimigos do Brasil.
O pretexto para os ataques são as posições supostamente polêmicas que o partido adotou no último período. Tornaram-se polêmicas, de fato, porque entraram em um duro conflito com os intelectuais da pequena burguesia que fazem análise política por meio da Folha de S.Paulo. No entanto, são, todas elas, posições tradicionais da esquerda: a defesa da história nacional contra a barbárie identitária, no caso dos bandeirantes; a denúncia do TSE como tribunal fraudulento, no caso do voto impresso; a denúncia da ditadura do STF, no caso Roberto Jefferson; e a defesa dos povos oprimidos, no caso da guerra do Afeganistão.
Que a esquerda pequeno-burguesa tenha se mostrado uma escrava ideológica da burguesia em todos esses casos, trata-se apenas de uma face do problema. Teriam todo o direito de sustentar suas posições publicamente, defendendo o TSE, o STF e o imperialismo e tentar convencer o povo de que isso é o que há de mais progressista. Mas não é isso o que querem.
Em vez de abrir o jogo e defenderem suas posições, decidem partir para a baixaria. Atacam o PCO com mentiras, fofocas e pontos de exclamação sem argumentos. Em seus ataques histéricos, tentam jogar para debaixo do tapete qual o verdadeiro conteúdo de sua hostilidade ao PCO. O verdadeiro objetivo por trás dos ataques ao PCO é o de “cancelar” o PCO. Ridicularizá-lo, censurá-lo. Fazer com que suas ideias sejam repelidas sem que sejam sequer debatidas. O que demonstra, obviamente, que aquilo que o PCO defende tem um conteúdo profundamente subversivo.
E o que tanto incomoda Reinaldo Azevedo, Eduardo Bolsonaro, Jovem Pan, Veja, Jones Manoel, Juliano Medeiros, Guilherme Boulos e Renato Rovai? Ora, que o PCO é o único partido que está anunciando aos quatro ventos que o imperialismo prepara um terceiro golpe de Estado contra o PT e o povo ─ golpe este encabeçado pelo PSDB. Um golpe em que todos esses setores estão envolvidos.
O que une todos esses setores, da extrema-direita ao PSOL, é o antipetismo. Ou, dito de outra maneira, a colaboração com o golpe comandado pelo imperialismo que tem na destruição do PT e na derrota política de Lula um objetivo fundamental. Bolsonaro é um dos beneficiários do golpe — herdou o governo com a instabilidade gerada pelos golpistas. Veja e Reinaldo Azevedo são porta-vozes do PSDB, partido central na primeira fase do golpe e também em sua terceira fase. E Jones Manoel, Boulos e Juliano Medeiros se recusaram a defender o PT contra o golpe, lavaram as mãos para a prisão de Lula e querem colocar o movimento popular a reboque do PSDB. É aí onde está a divergência, é aí onde está o abismo entre esses setores e o PCO.
Sabem que o PCO é uma pedra no caminho da frente ampla. É um obstáculo para a política da direita de eleger João Doria e o PSDB à presidência em 2022, em detrimento da candidatura de Lula ─ defendida pelo PCO, pela base do PT e pela esmagadora maioria do povo brasileiro.
Os latidos contra o PCO vão além, portanto, do fato de que PSOL, PCB e a direita possuem uma ideologia pró-imperialista, oposta a uma ideologia revolucionária. Partem do seu apoio à candidatura de João Doria, o principal candidato da terceira fase do golpe. É um ataque não só a um partido revolucionário, mas a Lula, ao PT e a todo o povo brasileiro.
