Neste domingo passado, no dia 21 de março, a casa de um militante do PCO, na cidade de Cáceres, Mato Grosso, foi vandalizada por um ex-vereador e outros vândalos de direita que picharam a placa da Marielle Franco que estava fixada em frente da casa do companheiro.
Trata-se de mais uma ação da extrema direita contra militantes de esquerda. Como de praxe, utilizaram um pretexto legalista de que o nome da rua não foi alterada e que, portanto, como “protesto”, picharam o símbolo de placa de rua da Marielle Franco. Nada poderia estar mais longe da realidade. A verdade é que a direita não tolera qualquer tipo de manifestação política de esquerda, que representa a população. Sobretudo da ex-vereadora do PSOL, Marielle Franco, que estava denunciando a intervenção militar do Rio de Janeiro na época do seu mandato.
A direita fica à vontade de fazer esse tipo de “protesto” porque o clima político o favorece. Isto se dá por conta do regime político que está cada vez mais restringindo as liberdades democráticas. Já não se pode falar “Genocida” que já vira alvo da Lei da Segurança Nacional, tampouco ir numa manifestação e pedir o fim da Polícia Militar. Nem sequer um tweet em que pede algum herói para dar o fim a um governo genocida. Agora temos mais um exemplo desta onda fascista: sequer pode fixar, no seu muro, na sua propriedade, uma manifestação política.
Diante disso, torna-se cada vez mais urgente que as organizações populares, partidos políticos, movimentos sociais se unam para combater esse tipo de atrocidade através de comitês de autodefesa. Quanto mais a esquerda pequeno-burguesa ficar atrelada às instituições, mais atrocidades como essas mencionadas irão acontecer. Ainda mais agora com o Exército realizando operações de GLO e com a organização do governo golpista e dos grupos de extrema-direita para o ato do 31 de março.
Como resposta a essa situação, fica evidente que o Lula é a liderança política para aglutinar todos os setores de esquerda, porque é a única força política que pode combater de fato a direita e a extrema-direita.
Além disso, é preciso ficar claro sobre a importância da liberdade democrática para a esquerda. Para que a esquerda possa agir, convencer, agitar a população, até mesmo se for no campo eleitoral, é preciso ter um mínimo de liberdade política. Um caso como este se torna grave pois trata-se do muro do companheiro, na propriedade dele e por isso é preciso que haja alguma reação à altura, unindo todas as organizações de esquerda da cidade para formar um comitê de autodefesa pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas e Lula Presidente.