De acordo com a avaliação do Executivo estadual do Amazonas, o ritmo da vacinação ainda é lento e a imunização será incapaz de segurar uma piora nos índices da doença que já infectou pelo menos 300 mil pessoas e matou mais de 12 mil no estado.
O “fique em casa” e o lockdown da burguesia tradicional não surtiu efeito e a situação continuou piorando; a burguesia decidiu abrir tudo em meio às eleições municipais de 2020, a esquerda e a burocracia sindical se empolgaram em eleger seus candidatos, a eleição foi um fisco para a esquerda, a crise da pandemia e a crise econômica e social, porém, piorou drasticamente.
Tanto o governo federal, que sempre ignorou a existência da pandemia, quanto os governos Estaduais que procuraram criar uma falsa oposição ao Bolsonaro, dizendo-se científicos, responsáveis e combatentes da pandemia, não fizeram, do ponto de vista prático, absolutamente nada para conte-la. Tanto é verdade que hoje, mais de um ano da chegada do vírus em nossas terras, estabeleceu-se um colapso no sistema de saúde, chegamos às 4000 mortes por dia, caminhamos rapidamente para meio milhão de mortos em dados oficiais, sem nenhum plano de combate ao vírus, sem vacina, sem leitos, sem oxigênio, sem nada.
A situação do povo é cada dia pior, o desemprego bate recordes, a fome já é uma realidade inexorável para dezenas de milhões, a economia nacional afunda.
Está mais do que provado que deixar a condução da crise sanitária e econômica que castiga o trabalhador brasileiro nas mãos, tanto de Bolsonaro, quanto da direita “científica”, somente trará a miséria, a fome e a morte aos trabalhadores.
A classe trabalhadora não faz lockdown, faz greve, ocupa fábricas, mobiliza, se batem com a polícia, com o regime político, e é justamente isso que se deve fazer. Ficar em casa trabalhando não mudará a situação dramática que se encontra os trabalhadores.
A Central Única dos Trabalhadores deve romper de imediato com esse setores reacionários e se colocar a altura de sua tarefa, liderar a classe trabalhadora na luta pelos seus interesses mais imediatos contra todo o Estado que não hesitará em provocar o maior desastre humanitário da nossa história, que é para onde caminhamos.
Seguir o exemplo dos professores das redes Estadual e municipal de São Paulo que barraram momentaneamente a política genocida de volta as aulas, tomar as ruas, inclusive com recurso a violência se necessário, com um programa em defesa dos trabalhadores, de sua vida e de seus direitos.