Diante da crise no ninho golpista da burguesia brasileira, que organizou o golpe do impeachment contra Dilma Rousseff (PT) e comandou a condenação e prisão ilegais de Lula, sem, porém, conseguir eleger um dos seus representantes, tendo que engolir e alimentar Jair Bolsonaro na presidência, agora esses mesmos golpistas fracassam com a frente ampla, com a terceira via e articulam a desmoralização da candidatura de Lula cogitando e celebrando Geraldo Alckmin (ex-PSDB golpista) como vice.
Qual a intenção de uma parte da burguesia nacional de ressuscitar um carrasco, que estava no ostracismo político, para ser o suposto vice do político mais popular na atualidade? Simplesmente desmoralizar Lula, tirar bastante apoio popular e dar munição para a extrema-direita criticar e a oportunista esquerda pequeno-burguesa abandonar mais uma vez a candidatura de Lula – a única capaz de interromper o golpe de Estado no País.
A militância de base do PT, que é o maior partido de esquerda da América Latina, precisa defender de todas as formas a candidatura de Lula, com um vice de luta, popular, dos movimentos sociais, do contrário a base sofrerá mais um ataque e poderá se desarticular novamente, esfacelar, pois esse é o objetivo da direita ao plantar a candidatura de Alckmin como vice, a qual também serve aos abutres do PSOL, PSB, PCB e PC do B que querem substituir o PT no cenário político e caminhar a reboque do imperialismo americano.
Até o momento não há nenhuma certeza de quem será o vice de Lula. A cogitação de Alckmin prova que os verdadeiros e aguerridos militantes de esquerda não aceitam esse embuste como vice.
A suposta indicação de Alckmin não trará apoio da grande burguesia para Lula, pois o que ela quer é um dirigente que apoie completamente o modelo neoliberal de terra arrasada, cujo fim será a venda de todo patrimônio nacional, fim do funcionalismo público, do Sistema Único de Saúde (SUS), da educação pública e mais ataques aos direitos trabalhistas. Lula não teria condições alguma para tamanha traição contra seu eleitorado das classes populares. Esse modelo traria uma crise muito grande contra Lula e o povo brasileiro. Para tal projeto reacionário, seria preciso ter um dirigente sem nenhum escrúpulo, como Geraldo Alckmin, ou outro capaz de pôr em prática esse projeto de fome e miséria.
Lula vitorioso em 2022 quem garante que ele não sofrerá mais um golpe baixo para que Alckmin o substitua?
A burguesia brasileira, plantando esse vice inimigo do Brasil na chapa presidencial, ainda poderá contar com o fortalecimento de Bolsonaro, visto que ela participa do seu governo e ainda luta para controlar o presidente a fim de que ele seja de fato esse carrasco capaz de “vender” todo o País, independente da repercussão popular.
Diante da armadilha que é aceitar qualquer direitista na chapa de Lula, é necessário que a militância de base saia às ruas, sugira quanto antes uma pessoa de esquerda, popular e continue nas ruas para fortalecer a candidatura de Lula, que no ano de 2023 precisará de todo apoio popular para se manter no cargo, derrotar o golpe e começar a mudar a trágica realidade do povo brasileiro.