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Uma medida necessária

A saúde em colapso e não há vacina: quebrar as patentes!

Na guerra contra a pandemia, os governos atuam contra o povo e a favor dos monopólios imperialista, esse é o motivo do massacre do povo

O Brasil passou da terrível marca de 345 mil mortos pela Covid-19, isso em números oficiais sabidamente subnotificados, estudos estimam que o número real pode chegar a 50% a mais que o número oficial. Em todo caso são mais de 345 mil vítimas, não de uma fatalidade inevitável, mas uma política neoliberal imposta pela burguesia brasileira e internacional e aplicada, tanto pelo governo federal, quanto pelos governos estaduais ditos “científicos”, embora apresentem certas nuances.

A política neoliberal impôs a contenção dos gastos estatais com os serviços sociais de atendimento à população e a redução da máquina estatal, naquilo, evidentemente, que diz respeito às necessidades do povo. O governo deixa de investir, cede à iniciativa privada o patrimônio público, as empresas estatais etc., para diminuir ao máximo seu grau de investimento. Essa contenção de gastos se dá pela necessidade do capital imperialista e nacional de garantir o recebimento de juros e dividendos do Estado nacional que achacam. Os governos justificam essa política criminosa afirmando que se trata de uma necessidade para atrair o investimento estrangeiro. na verdade é uma política de super acumulação de capital, que tira de todos para beneficiar uns poucos.

Desde o golpe de 2016, que depôs a presidenta Dilma Rousseff, essa orientação tornou-se uma lei inquestionável dos governos pós-golpe e fora consolidada na chamada Lei do teto de gastos, aprovada pelo golpista Temer, que reduziu e congelou o investimento público em várias áreas como a saúde.

No período da pandemia a lei neoliberal agiu da maneira mais cruel, preservou os cofres públicos e condenou os cidadãos à morte e à miséria; os pequenos negócios à falência, o sistema de saúde ao colapso e o país a uma crise sem precedentes na sua história. Esse é o sentido de toda a política dos governos, mesmo na crise profunda, preservar a regra de ouro do neoliberalismo.

É absolutamente evidente. O combate à pandemia, usando uma comparação militar feita demagogicamente pelos governos ditos “científicos”, é como uma guerra, uma luta de vida ou morte, onde se usa todos os recursos disponíveis e mais para alcançar a vitória. É preciso colocar todos os recursos do Estado a serviço do combate.

A guerra conduzida aqui, da parte dos governos foi apenas de mentira, e por isso somente produziu derrotas, catástrofes e massacres. Em uma guerra é preciso investir pesadamente em artigos militares, em artigos bélicos dos mais modernos, bombas, aviões, artilharia, tanques, submarinos e o que mais necessitar. Intervêm-se na indústria nacional para que ele supra os exércitos dos artigos militares necessários, não pode faltar balas, granadas e armas, roupas, botas etc. É preciso recrutar um poderoso exército e um experiente e competente comando militar e garantir sua manutenção, alimentá-los, vesti-los, etc. É preciso manter e proteger os civis, fazer os alimentos chegarem à cidade, e muitas outras medidas têm de ser tomadas se quiser vencer um inimigo poderoso.

Com a pandemia teria de se ter uma posição similar, porém adaptada, era e continua sendo necessário investir pesadamente nos artigos necessários ao combate, no caso, o sistema de saúde: com abertura de hospitais, leitos de internação e UTIs, suprir todos os artigos necessários ao tratamento como oxigênio, medicamentos para intubação e tudo que fosse necessário. Intervir nas empresas e garantir a produção necessária, confiscar as fortunas dos bilionários se necessário. O governo tem a obrigação de cuidar para que não haja nenhuma falta.

Recrutar um poderoso exército de combate e um comando, nesse caso recrutar um exército de agentes de saúde e médicos, quantos fossem necessários, para agir com planos de tratamento e prevenção. Um comando experiente para elaborar um plano de ataque e defesa, com base em testagem em massa feita pelos agentes de saúde, identificar os locais de maior contágio, isolá-los, procurar os protocolos de tratamentos, lutar de todas as maneiras pela vacina, com investimento pesado em pesquisa, investimento pesado na compra de outras e com quebrar a patente e a produção em larga escala se necessário, como é nosso caso hoje.

Investir pesadamente para que o isolamento possa ser realizado, localmente ou até de maneira ampla, por um determinado período, mas garantindo a saúde financeira de todos, com auxílio justo aos trabalhadores e elaboração de um plano que atenda as pequenas e médias empresas e que impeça a falência. Ainda muitas outras coisas poderiam e deveriam ser feitas.

Os governos aqui nada fizeram, Bolsonaro simplesmente ignora a doença e faz chacota do massacre do povo, isso porque não tem a mínima disposição de colocar os recursos do Estado nacional a serviço da saúde do povo. Os governadores seguem a mesma orientação, no entanto, procuram fazer demagogia e lucrar politicamente apresentando-se como combatentes do vírus, fizeram tão e somente, como medida única de combate ao vírus, o isolamento social extremamente parcial, a maneira mais barata para eles, que não surte efeito no combate ao disseminação do vírus, mas que custou muito para o povo.

O resultado dessa orientação foi o colapso do sistema de saúde, em que quase todo o país as UTIs e leitos estão com 90% da sua capacidade ocupadas, somente em São Paulo, mais de 500 pessoas morrem na fila da UTI. Falta oxigênio e remédios necessários à intubação, tratamento mais penoso para os casos graves da doença. Há notícias de cenas dantescas de pacientes intubados que acordaram por falta de sedativos. Faltam médicos em todo o país, uma situação de verdadeira calamidade, que levou a que o país tenha uma média diária de mortes aproximando-se das 4 mil pessoas em dados oficiais.

Mas um dos dados mais alarmantes é que não há vacinas, a vacinação caminha a passos de tartaruga, o imperialismo, que detém a maioria das vacinas não produz o suficiente para atender a maioria dos países pobres, adotam uma posição protecionista, de atender em primeiro lugar sua própria população. Os governos, capachos do imperialismo, não protestam, aceitam docemente, enquanto isso milhares e milhares morrem diariamente.

A quebra da patente é uma necessidade, não há motivo para aceitar que o povo continue morrendo simplesmente para garantir a propriedade intelectual e os bilionários lucros de algum laboratório imperialista. É preciso quebrar a patente imediatamente e passar a produção em larga escala das vacinas no país, já há tecnologia suficiente para isso. É uma medida de salvação pública. A própria ideia de propriedade intelectual é em si mesmo algo reacionário, que visa privar a humanidade, que não pode pagar, das conquistas tecnológicas e culturais da humanidade.

Uma campanha em defesa da vacinação e pela quebra da patente se faz mais que necessária. Tão mais é necessária, quando, pelo exposto, fica ainda mais evidente que nessa guerra, não somente os governos não fizeram todo o necessário, na verdade não fizeram nada, como são sabotadores e traidores de seu próprio povo.

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