No dia 10 de março de 1939, as tropas do exército de Adolf Hitler invadiram e ocuparam a cidade de Praga, capital da Checoslováquia, mesmo após Hitler ter assinado um acordo, o Pacto de Munique, em que selaria a paz, em troca de anexar parte do país, já reivindicado pelos alemães. Este foi mais um dos vários acordos que os nazistas descumpriram.
O acordo, conhecido como Pacto de Munique foi um tratado assinado entre Benito Mussolini, da Itália, Adolf Hitler, da Alemanha, o primeiro ministro britânico, Neville Chamberlain e o premiê francês Édouard Daladier, durante conferência convocada por Hitler em Munique, na Alemanha, em 29 de setembro de 1938.
O Pacto de Munique dava à Alemanha os Sudetos, região onde viviam cerca de três milhões de pessoas de etnia germânica, e o controle efetivo do resto da Checoslováquia, desde que Hitler prometesse que esta seria a última reivindicação territorial da Alemanha.
O acordo representaria não só a posse dos Sudetos, mas significava ceder a máquina de guerra nazista todo o controle sobre 66% do carvão, 70% do ferro e aço e 70% do potencial elétrico da Checoslováquia. Ou seja, tornaria a nação tcheca altamente vulnerável e completamente dominada pela Alemanha.
A Checoslováquia foi apunhalada pelas costas, pois além de não ter sido convidada para a conferência, as alianças militares em vigor entre o país, Reino Unido e França foram ignoradas pelo tratado, por isso, o tratado é conhecido por a “Sentença de Munique”.
Logo em seguida da assinatura do tratado a Alemanha passou a ocupar a Checoslováquia. O governo pró-alemão da Tchecoslováquia, capitulado foi entregando o país ao domínio do Reich. Mas, foi no ano seguinte, em 10 de março de 1939, que Hitler desrespeitou o acordo estipulado em Munique e ordenou a invasão do restante da Checoslováquia, e a dissolução completa do país, sem nenhuma reação de França e Reino Unido, até então aliadas à Checoslováquia.
O tratado assinado em setembro de 1938 foi uma traição sem garantia de paz. Sacrificaram uma nação em prol de uma suposta paz entre França, Reino Unido, Itália e Alemanha. Foi uma tentativa inócua de evitar os objetivos imperiais da Alemanha, pois, logo despontou a carnificina da Segunda Guerra Mundial até 1945.
Vale ressaltar que a política de firmar acordos com o nazismo, era uma política típica do stalinismo. Que fez acordos não só com os nazistas, mas também com o imperialismo. Embora Stalin não tinha sido convidado para conferência que gerou o Pacto de Munique, ele assinou o Pacto Molotov–Ribbentrop, conhecido como o Tratado de Não Agressão entre a Alemanha e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 23 de agosto de 1939, que também foi quebrado por Hitler.