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Sair às ruas

A esquerda tem de ouvir Lula: é preciso ir ao povo

Recentemente Lula declarou em suas redes sociais que era preciso fazer mais que chorar na internet, é preciso ir às ruas e falar com o povo

No momento em que setores do PT voltam a acenar para a burguesia, como fez Haddad ao propor a capitalista Luíza Trajano para a vice na chapa petista para 2022, Lula aponta para a direção oposta e pede para o PT agir como esquerda. A crítica veio durante uma entrevista na última quarta feira (26/02) na TV 247. Disse Lula, “Precisamos nos mexer. Não dá pra ficar só no zoom chorando. Pega um jornalzinho e vai entregar na feira. Precisamos conversar com as pessoas…”.

Desde os primeiros sinais de que haveria um golpe no Brasil, o PT e a esquerda brasileira tem buscado conquistar a simpatia da burguesia, foi assim que Dilma diante da forte pressão sofrida após sua reeleição, colocou Joaquim Levi no comando da Economia. Diante das denuncias do mensalão, o PT partiu para dar mostras de austeridade e aprovou um conjunto de leis que mais tarde se voltariam contra ele próprio, leis como as leis da Ficha Limpa e Antiterrorismo.

Em 2018, mesmo com a palavra de ordem “Sem Lula é Fraude”, o PT aceitou a retirada da candidatura de Lula. Após uma campanha recheada de ilegalidades como a proibição de citar Lula no material de campanha, o PT chegou a mudar as cores da campanha no segundo turno para verde amarelo, mais uma tentativa patética de agradar a direita. Nada disso surtiu efeito.

Durante a entrevista a TV 247 Lula afirmou, “eu tô sem paciência”. O PT, a CUT e organizações sociais ligadas a estes, contudo, continuam apostando numa solução acordada com a burguesia. Não há sinais de que haverá resistência real à escalada antidemocrática de Bolsonaro, pelo contrário, cada vez mais aposta-se na consciência do STF e do Congresso Nacional. Os funcionários do SERPRO, empresa na lista de privatizações de Paulo Guedes, chegou a arrecadar dinheiro para contratar uma empresa de publicidade e assessoria jurídica para tentar convencer com argumentos os deputados golpistas da importância da empresa para o País.

Diante da mais grave crise social agravada pela pandemia, a CUT sequer cogita a possibilidade de uma greve geral, lembramos que em 28 de abriu 2017, 40 milhões de trabalhadores paralisaram as atividades em protesto a reforma da previdência de Temer. Em 1996 a greve geral foi deflagrada contra a política econômica de FHC e contou com a adesão de 12 milhões de trabalhadores. Em 1989 12 capitais aderiram a greve geral, forçando Sarney a abriu negociação já no segundo dia greve. Mesmo durante a ditadura militar houve greve geral, em 1968 e 1980, quando 140 mil metalúrgicos do ABC desafiaram a ditadura por 41 dias. Esta greve foi liderada por Lula, que foi preso por 31 dias.

A fala de Lula expressa o sentimento da maioria da militância de esquerda e dos trabalhadores que a muito tempo já perderam a paciência com este jogo de comadres proposto palas lideranças de esquerda. A direita já deu mostras de que não há acordo com a esquerda, a falsa impressão de que parte da burguesia poderá dá as mão a esquerda contra Bolsonaro não passa de ilusão, políticos importantes como FHC, ACM Neto e Ronaldo Caiado já declaram a possibilidade de apoiar Bolsonaro em 2022.

É preciso reforçar a posição de Lula em toda a esquerda, começando por deflagrar uma campanha pela anulação dos processos fraudulentos da lava jato. É preciso pressionar os sindicatos e a CUT para fazer o seu trabalho e organizar os trabalhadores numa ampla mobilização contra as privatizações, contra a perda de direitos e por ações concretas de combate a pandemia. E o mais importante, é preciso sair às ruas e confrontar a elite, dando mostra de força, a única linguagem que burguesia conhece.

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