No domingo, 29 de agosto, completaram-se 28 anos da Chacina de Vigário Geral, um enorme massacre ocorrido na favela de Vigário Geral, localizada na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Naquela madrugada de 1993 um grupo de extermínio formado por cerca de 36 homens encapuzados e armados, invadiram a favela arrombaram casas e executaram vinte e um moradores.
A chacina de Vigário Geral organizada pelo esquadrão da morte da época foi uma das maiores ocorridas no Estado do Rio de Janeiro, sendo ultrapassada em maio deste ano pela chacina do Jacarezinho em número de mortos, que chegaram a 29, desta feita realizada por operação da polícia civil fascista do Rio De janeiro, que matou a tiros ou com objetos de corte, quase três dezenas de pessoas totalmente desarmadas.
Na ocasião um dos moradores do Jacarezinho, relatou o brutal crime fascista em vídeo no twitter. Veja no link a seguir: https://twitter.com/i/status/1390375975905636355
Outro extermínio carioca foi a chacina da baixada ocorrida em 2005, desta vez quando policiais militares assassinaram a tiros 29 pessoas e feriram outras duas em diferentes pontos dos municípios de Nova Iguaçu e Queimados, na Baixada Fluminense.
Em todo este extermínio da população pobre das periferias do Rio de Janeiro, o elemento comum é a polícia militar e civil do Rio de Janeiro.
No caso da Chacina de Vigário Geral, dos 51 acusados, só um continua preso: o ex – policial militar Sirlei Alves Teixeira. O caso de repercussão internacional chegou a ser julgado na Organização dos Estados Americanos (OEA) como crime contra os direitos humanos.
A motivação do esquadrão da morte local para a chacina foi a morte de quatro policiais militares no dia 28 de agosto de 1993 na Praça Catolé do Rocha, no bairro de Vigário Geral.
A morte dos quatro policiais no dia anterior à chacina, foi uma armadilha ao sargento arquitetada por traficantes. No entanto, no dia seguinte nenhum dos 29 mortos possuía envolvimento com o tráfico de drogas. Até hoje, a maioria das famílias dos assassinados não recebeu nenhuma indenização do Estado.
A PM e sua máquina de guerra é a maior responsável pela violência no país com o monopólio que tem do armamento. Esse monopólio do Estado capitalista, fascista contra a população tem de acabar. Para enfrentar o terror fascista a saída é a luta pelo fim da Polícia Militar e o armamento da população trabalhadora, com a organização de milícias seriam organizadas e controladas pela própria população nos bairros a partir de conselhos populares e democráticos.