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Análise na TV 247

Rui na TV 247 denuncia o golpe no Brasil e em Cuba

Rui analisou os ataques do imperialismo à América latina, em especial a Cuba. No caso do Brasil, o avanço das FFAA concomitante ao crescimento do movimento pelo Fora Bolsonaro

Na última terça-feira (13), como de praxe desde já há alguns anos, ocorreu mais uma análise política semanal com o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária na TV 247, entrevistado pelo jornalista Leonardo Attuch.

De início, pela impossível desvinculação da política brasileira da movimentação internacional, Rui alertou sobre os passos do “democrático” governo Biden, nos Estados Unidos, sobre os países da América Latina. O primeiro exemplo foi a questão cubana, país que já vem há décadas sofrendo com o embargo norte-americano, que priva todo tipo de produtos de entrarem na ilha, o que em alguns momentos, como nos anos 90, levou muitos cubanos a passarem fome.

Cuba

Rui denunciou que as manifestações pró-imperialistas que ocorreram em Cuba, contra o Estado Operário, foram impulsionadas, como de costume no próprio país, no Brasil, na Ucrânia, Bielorrússia e tantos outros, pelos serviços de inteligência norte-americanos, aproveitando um momento de insatisfação criado pelo bloqueio internacional e agravado pela redução da atividade econômica global imposta pela pandemia da Covid-19.

Obviamente que a solução proposta pelos “gusanos”,  manifestantes golpistas, não vem ao caso. A derrubada do governo é claramente um retrocesso, visto o enorme avanço trazido ao país com a derrubada da ditadura militar imperialista desde a revolução. E, ao mesmo tempo, assim como visto no rápido reflexo da esquerda na defesa da embaixada e consulados cubanos aqui no Brasil, em Cuba a classe trabalhadora foi chamada às ruas para manifestar apoio ao governo, as quais todas foram muito maiores do que as manifestações direitistas, o que mostra o enorme apoio popular ao governo. 

Rui reforça: Cuba já passou pelos seus piores momentos durante os governo Gorbachov e Iéltsin na Rússia, o momento mais delicado para a ilha, período no qual a imprensa capitalista internacional dizia que a revolução estava condenada a cair. Foi lançado naquele momento um famoso livro, “A Hora Final de Castro”, e Fidel Castro não caiu e não foi assassinado. O analista explicou que por mais que a vida na ilha seja difícil, a população tem muita assistência social e que para o conjunto da população a vida é muito melhor que em países como o Brasil e até os EUA, em que a maioria se confronta com um regime de miséria.

O presidente do PCO alertou: se por um lado a imprensa capitalista como o El País tenta entrar em Cuba e abre sedes na América Latina, como no próprio Brasil, para intervir no país sob o pretexto da “democracia”; por outro, as grandes mobilizações da classe trabalhadora no continente, como neste exato momento na Colômbia e no Brasil, podem também favorecer a situação cubana contra o bloqueio criminoso e genocida desses países dos blocos imperialistas.

Brasil

No mesmo sentido de Cuba, do impulso contra-revolucionário na ilha, Rui vê a visita do chefe da CIA ao Brasil para conversar com Bolsonaro sem que os assuntos fossem anunciados, como uma possível manobra para firmar relação com Bolsonaro da mesma maneira que as próprias Forças Armadas se posicionaram ao lado do bolsonarismo, como visto na semana passada, na nota dos militares, do discurso de Braga Neto, seguido da entrevista do Brigadeiro da Aeronáutica, em repúdio às denúncias de corrupção.

Rui enfatizou que o documento assinado pelos três comandantes das Forças Armadas em total apoio a Bolsonaro fez com que o argumento de setores da esquerda de que um setor das FFAA não estavam com o presidente caísse por terra. O baixíssimo confronto da esquerda contra a carta dos comandantes, visto que havia uma ilusão quanto ao caráter “democrático” das FFAA, coloca uma luz negativa na chamada “luta contra Bolsonaro”.

No mesmo sentido, Rui comentou sobre as ilusões da esquerda quanto a Biden, novo presidente norte-americano que foi eleito sob o pretexto da “luta contra o fascismo” com o apoio da esquerda pequeno-burguesa americana e também brasileira, mas que as máscaras do governo Biden irão cair em pouco tempo, visto que não é possível manter a pose desse regime de aparência durante os ataques diretos que virão à América Latina e ao Brasil.

Se tratando de ilusão, Rui acrescentou que dentro da luta contra Bolsonaro uma parte da esquerda conduz ao caminho da campanha pelo impeachment de Bolsonaro, justo em um momento em que o Congresso não dá mostra nenhuma de apoio ao momento pelo Fora Bolsonaro, ainda mais quando os militares firmam posição com Bolsonaro e ameaçam abertamente de golpe. Alertou ainda que o movimento pelo impeachment pode fazer justo o contrário, a direita pode manobrar para um movimento para a eleição de Bolsonaro em 2022, mantendo ele na presidência até o ano que vem.

Bolsonaro é um verdadeiro Hitler. Mesmo bombardeado pela imprensa ou até pela CPI, mas apoiado pela burguesia, Bolsonaro muda o tom de voz, mas seu programa nunca deixou de ser o mesmo.

Neste sentido abre-se a discussão dos atos do dia 24 de julho, nas cidades e capitais de todo o país. Atos que são pelo Fora Bolsonaro e que têm Lula como seu candidato. Rui informou que em reunião que teve com a CUT e setores do PT, a CUT firmou compromisso de jogar todo o peso no ato, assim como Lula que chamou o povo à rua no dia 24. O companheiro avaliou de forma muito positiva, uma posição da CUT e da esquerda que extrapola a luta institucional no Congresso, visto que a CUT agora visa colocar 2 milhões nas ruas nesse próximo ato. Colocando ou não, a tendência é dos atos crescerem muito e se radicalizarem: um momento de apelo geral para que todos saiam às ruas.

Um momento da qual as privatizações estão aumentando visto a privatização dos Correios, da Petrobrás, da Eletrobrás, etc, e os sindicalistas estão paralisados, com sindicatos fechados. Privatizações inclusive bancadas principalmente pelo PSDB, o partido que setores da esquerda chamaram ao último ato e que quer se infiltrar para desviar o movimento da esquerda para o movimento pela candidatura da “3ª via”, de um elemento neoliberal, também fascista.

Por fim, sobre as eleições, Rui alertou uma enorme quantidade de dinheiro que será colocada em 2022. Lula está firme e as pesquisas estão o colocando como vitorioso no segundo turno. É preciso ficar atento, combater os setores antipetistas e antilulistas no movimento para que a esquerda seja vitoriosa, visto que uma “terceira via” não mudaria o cenário atual no Brasil, mas pelo contrário, o agravaria.

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