Mobilizar por creches públicas

Vice de Bruno Covas defende a privatização das creches

Sem o controle das mães trabalhadores, serviço de creches será mais uma grande fonte de especulação e corrupção

O vice-prefeito eleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), participou no último dia 9 de uma reunião virtual promovida pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos), onde defendeu o modelo de creches privadas conveniadas com a prefeitura. Segundo o vice-prefeito: “o custo que a prefeitura paga por criança conveniada é de R$ 7.000 por ano”. “Sabe quanto custa na rede direta? R$ 21 mil”, declarou Nunes, acrescentando que se as 300 mil crianças em creches da capital “estivessem em atendimento direto, teríamos um custo de R$ 4 bilhões” por ano.

“Se tivesse em sistema direto, ou teríamos só 100 mil [crianças] atendidas ou gastaria R$ 4 bilhões a mais por ano para manter crianças de forma direta.”

Quem precisa dos serviços privatizados, direta ou indiretamente, sabe que via de regra, estes são da pior qualidade possível. Transporte público, telefonia, as concessões públicas de rádio, TV, aeroportos,… São muitos os exemplos que comprovam a ineficiência de serviços que deveriam atender as necessidades da população mas, orientados pelo interesse capitalista -o lucro- e independente da opinião popular, viram mais um fator de pressão contra a classe trabalhadora. E corrupção.

Em 2019, o jornal burguês Estadão noticiou o caso da Nikkey Serviços, que tem entre as sócias a mulher e uma filha de Ricardo Nunes. Segundo o jornal, a empresa recebeu R$50 mil para dedetizar oito creches ligadas à Acria (Associação Amigos da Criança e do Adolescente), supostamente controlada por aliados de Nunes, à época, vereador da cidade.

Os negócios suspeitos envolvendo o vice-prefeito eleito e as creches conveniadas são de tal forma escandalosos que o mesmo fora escondido do público durante a campanha municipal. Naturalmente, isso não impediu Covas de ser reeleito, o que conduziu Nunes ao Palácio do Anhangabaú.

No caso das creches conveniadas com a prefeitura de São Paulo, a aplicação do modelo de privatização “branda”, com a contratação de empresas para prestar o serviço que deveria ser 100% público, revela-se um ótimo negócio para os capitalistas que ganham as concessões e para os que oferecem às concessões. Só quem perde são as 340 mil mães paulistanas.

O caso coloca em evidência a necessidade de uma mobilização das mulheres, em defesa de direitos como a melhoria e expansão da rede de creches públicas, que constituam um local seguro onde possam deixar seus filhos e exercer seu trabalho, ganhando assim seu sustento. A deixar pela direita, tais direitos não serão nada além de uma grande fonte de especulação e corrupção.

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