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Genocídio contra o povo

Valas comuns em Manaus, exemplo do que pode ocorrer em todo o Brasil

População é deixada para morrer, não há mais valas suficientes. Colapso toma conta do sistema de saúde.

Da mesma forma que em guerras mundias e genocídios históricos contra a população mundial, a pandemia do novo coronavírus vem causando uma enorme mortandade na povo brasileiro.

A cidade de Manaus ocupa um espaço de destaque nesse sentido. A região norte é aquela com um dos serviços de saúde mais precários do Brasil. Se em todas os contos do país os hospitais estão chegando ao colapso com superlotações, o caso de Manaus é ainda mais profundo, uma prévia do que espera todo o povo brasileiro.

Antes da pandemia cerca de 30 corpos eram enterrados por dia em um dos cemitérios da cidade. Porém, apenas nos últimos dias foram mais de 100 enterros.

A prefeitura abriu o que chama de “trincheiras”, que são nada mais nada menos que valas comuns, das quais todos os mortos estão sendo jogados com o objetivo de dar conta da demanda.

 

Covas abertas no Cemitério Parque de Manaus, na manhã desta terça-feira (21), no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus

Além das valas, câmaras frigorificas estão sendo utilizadas como “depósito” de gente, armazenando em um só local dezenas de pessoas quando o limite era para ser menos de meia duzia.

Apenas no município de Manaus, até o momento foram 1.772 casos e 156 mortos. Contudo, apenas pelo número de enterros é notável que estes números são completamente subestimados, um total genocídio contra o povo está sendo feito com a falta de política dos governos.

Contudo, o restante do estado tem 2.160 casos, um número aparentemente pequeno em relação a quantidade que há apenas na capital. Porém, deve-se levar em conta algo muito mais grave. Se na capital, a cidade mais rica da região, os dados são profundamente subestimados, quem dirá nas cidades periféricas, e pior, no interior dos estados com populações indígenas e campesinas.

Finalmente, não há mais local para enterrar tantos mortos. O sistema público acompanha o colapso de toda estrutura controlada pelos governadores, dia a após dia a tendência de vermos mais mortos nas ruas aumentará.

Porém, está situação muito agravada no Amazonas é semelhante ao que passa todos os outros Estados.

Não há testes, não há serviço de saúde, o que há é apenas o povo sendo jogado na miséria absoluta para salvar os grandes capitalistas. Assim, o colapso generalizado e o genocídio contra o povo brasileiro será ainda mais aprofundado.

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