Na cidade do Rio de Janeiro, mais de um milhão de pessoas estão bebendo água imprópria para o consumo humano. Moradores relatavam que quando abrem a torneira, se deparam com água barrenta, escura ou amarelada. Quem tem condições financeiras compra água mineral. Porém, quem não pode comprar, tem tido que ferver a água antes de beber. Há relatos de meninas que ficaram doentes depois de beber a água e sofreram de dores de barriga e febre.
O problema atinge, com maior gravidade, os bairros Ricardo de Albuquerque, Campo Grande, Santa Cruz, Pedra de Guaratiba, Deodoro, Anchieta, Costa Barros, Jacarepaguá, Paciência, Brás de Pina e Piedade. De acordo com dados do IBGE, esses bairros juntos somam mais de um milhão de pessoas.
O problema da água expressa o descaso dos governos de direita em relação às necessidades mais básicas do povo. O governador do Estado, Wilson Witzel (PSC), está mais preocupado em promover o assassinato de crianças e jovens nas favelas da cidade do Rio de Janeiro por meio da Polícia Militar. Inclusive, ele embarca em helicópteros para assistir aos massacres. Quanto ao problema da água, um dos mais fundamentais para a mínima qualidade de vida da população, passa longe do seu horizonte.
Já o governo municipal de Marcelo Crivella (PRB), preocupa-se em reprimir os vendedores ambulantes e implementar uma política de terror nas ruas contra estes. Crivella ainda deixou de repassar recursos para a rede básica de saúde, o que causou paralisia em metade das unidades. Assim como para o governador, para Crivella a questão da água não é um problema urgente para a população que deveria ser alvo das preocupações da Prefeitura.