A Federação Única dos Petroleiros (FUP), publicou em seu sítio na internet o ato realizado em 02 de novembro, dia de Finados. Foi um manifesto feito pela Federação na praia de Imbetiba em Macaé (RJ) alertando a população que “o covid-19 já matou 20 petroleiros e que um deles poderia ter sido você”. Junto ao banner foram colocadas diversas cruzes para lembrar os que morreram.,
Apresentam relatório da Fiocruz onde é exposto que dos 46.416 funcionários diretos da Cia, 4.489/100 mil foram infectados. O número é mais que o dobro do índice nacional de contaminação, pior que o do Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro. O relatório indica a necessidade dos casos serem incluídos nos Comunicados de Acidente de Trabalho (CAT) e informar à Vigilância Epidemiológica e à Vigilância de Saúde do Trabalhador.
Aqui fica evidente o descaso da Petrobras com seus empregados, diretos e terceirizados. Não oferecem condições mínimas para evitar o contágio pelo vírus, como isolamento nas plataformas e nos ônibus que transportam os funcionários, falta de higienização nesses coletivos, como noticiado pela FUP quando fizeram inspeção surpresa.
Segundo relatos de funcionários na publicação da revista Questão de Ciência, os testes usados são como os de gravidez, e indicam apenas se houve contato anterior, e não revela os imediatos, recentes.
No embarque para as plataforma o medo da contaminação é constante entre os empregados. E não sem razão, pois os números de infectados revelam que é a realidade, os índices de contaminação são maiores que a média nacional.
Está claro que a política da petroleira, já não mais brasileira, pois os maiores acionistas são estrangeiros, está sendo exatamente igual a política do governo fascista na República e nos estados também, e podemos sem exagero chamar de genocida.
Esse tratamento é sem leitos suficientes, sem distribuição de máscaras e álcool gratuitamente para a população, sem garantias de isolamento nos transportes públicos, sem respiradores suficientes para atender os infectados e por aí vai.
Políticas para conter a contaminação dos empregados não tem, mas para reduzir os salários, os benefícios e para salvar a empresa tem, conforme ações ajuizadas pelo sindicato. Os números falam por si, e mostram o descaso da Petrobras pelos empregados. É a política de deixar que morram.
Trata-se de política de destruição da empresa para justificar a entrega dela ao capital estrangeiro imperialista. Não foi sem motivo que o “mensalão” estava focado na Petrobras. Era a galinha dos ovos de ouro para ser entregue ao capital estrangeiro.
Hoje mais da metade da empresa já foi entregue. A intenção parece ser de que ela atue apenas no sudeste com a produção e exportação do pré-sal.
Contra essa administração contra os trabalhadores e de entrega do patrimônio público ao capital estrangeiro imperialista é necessário que os trabalhadores se unam em conselho e estabeleçam um plano de luta. E é nas ruas, pelo fora golpistas e entreguistas da Petrobras.
Uma proposta de salvar a Petrobras só virá da luta dos trabalhadores e do povo nas ruas. Através das instituições do estado, que é burguês, a derrota é inevitável. Por uma greve nacional, por tempo indeterminado, pela Petrobras estatizada e nacional.