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Transportes coletivo

Salvador: empresas transformam transporte público em ferro velho

Na manhã desta quarta-feira, houve um acidente de trânsito com um ônibus da CSN no bairro da Fazenda Grande Retiro em Salvador, resultando em sete pessoas feridas.

Na manhã desta quarta-feira dia 1 de julho, próximo as 7 horas, houve um acidente de trânsito no bairro da Fazenda Grande Retiro em Salvador, resultando em sete pessoas feridas. O acidente ocorreu com um ônibus com problemas de manutenção e mais de uma década de fabricação, pertencente a Concessionária Salvador Norte (CSN).

Segundo a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), o motorista que conduzia o ônibus perdeu o controle e colidiu o veículo com um poste da rede elétrica e o muro de uma residência. O motorista alegou ter perdido o controle do transporte coletivo em razão de falha mecânica nos freios.

As vítimas o condutor e seis passageiros, foram atendidas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não temos informações sobre o estados de saúde dos socorridos.

Embora a Secretaria da Mobilidade Urbana de Salvador já tenha se pronunciado diversas vezes que a idade média da frota soteropolitana seja de cinco anos, o veículo envolvido no acidente foi fabricado em 2008, tendo mais 12 anos de uso. O veículo estava visivelmente sem condições de trafegar, tendo um dos pneus já perdido toda sua bandagem.

O veículo com mais de 12 anos de uso e claramente sem devida manutenção é um escárnio com a população. Oferece risco a vida e integridade física de todos passageiros, funcionários e transeuntes no seu percurso.

A CSN dona do veículo sofreu um uma intervenção do governo municipal no dia 22 de junho, nomeando Almir Melo Júnior inicia como interventor, pelo prazo de 180 dias. A empresa tinha entrado na justiça alegando dificuldade financeiras, o que levou o município a intervir, assumindo os 4 mil funcionários para preservar os empregos e a prestação dos serviços. Os funcionários rodoviários denunciaram que a empresa não estava honrando o pagamento de salários e benefícios, a empresa operava em 115 linhas da capital baiana desde 2014, com uma frota de 700 ônibus.

Os capitalistas donos dessas empresas estão jogando a população a própria sorte, exploraram as concessões de forma predatória, reduzindo ao máximo todos os custos para aumenta os lucros deixam de lado pontos básicos da segurança não realizando as devidas manutenções preventivas. Quando as margens de lucros desejadas não são atingidas, tentam abrir mão dos compromissos assumidos com funcionários e população

Esse caso demonstra uma necessidade a muito apontada neste jornal, que é a de estatização de todos os transportes públicos. Apenas quando o transporte público for assumido como uma obrigação efetiva dos estado, com a estatização do transporte público coletivo, o direito de ir e vir da classe trabalhadora e juventude vão ser respeitados.

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