Em mais uma provocação tipicamente fascista, que arrancaria aplausos dos mais desprezíveis tiranos, Willson Witzel (PSC) trocou o nome de escolas que homenageavam artistas e intelectuais para rebatizá-las com nomes de agentes da repressão. Segundo Pedro Fernandes, secretário estadual de educação, a mudança dos nomes seguirá a adoção do chamado modelo cívico-militar por parte das escolas que sofrerão a alteração.
Conforme foi demonstrado nas duas partes do curso “Fascismo, o que é e como combatê-lo”, ministrados pelo presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, o controle rigoroso da juventude é uma premissa fundamental dos regimes fascistas. A Juventude Fascista, Juventude Hitlerista e a Mocidade Portuguesa são exemplos de como os jovens são personagens importantes para a manutenção do regime de guerra civil que vem na esteira dos governos fascistas.
Neste sentido, a ação da nova ditadura fascista que busca se consolidar com Bolsonaro e seus asseclas não é inovadora em termos históricos, embora as escolas cívico-militares constituam o mais vigoroso ataque já realizado pelo fascismo brasileiro contra a juventude nacional. A inovação de Witzel é o escárnio: rebatizar escolas que passarão a adotar um programa educacional fascista para homenagear os assassinos da população pobre, sobretudo jovens pretos, com os seus malditos nomes é repugnante.
A juventude fluminense e os setores mais combativos da classe operária precisam se unir para enfrentar esse verdadeiro deboche vindo dos defensores da escola com fascismo. Nenhuma tolerância, nenhum diálogo, nada além da força e do ódio da população massacrada contra seus algozes, Witzel e demais fascistas (fluminenses e nacionais). Só a luta organizada pode mudar os rumos da política de guerra contra os trabalhadores que se instaurou no país desde o golpe de Estado de 2016. Que os setores atingidos se articulem com mais vigor na criação dos comitês de luta e reajam da única forma cuja vitória é atestada pela história: com a força dos trabalhadores.