Trabalhadores da saúde foram barrados em bloqueios no trânsito criados pela prefeitura golpista tucana de São Paulo para ”tentar melhorar o índice de isolamento” na capital que voltou a cair e chegou a 48% na segunda-feira (4). O Ministério Público do estado de São Paulo abriu um Inquérito Civil para apurar a medida aditada pela gestão municipal.
O prefeito Bruno Covas, cujo sobrenome macabro é sugestivo para ilustrar a atual situação de calamidade em que vive a população na crise da pandemia, decretou que as pessoas se aglomerassem em seus carros para evitar a aglomeração e o resultado foi que os médicos não conseguiram chegar aos hospital.
Começou na segunda-feira (4) o bloqueio de avenidas, mas nesta terça-feira (5) a prefeitura ampliou o número de interdições de quatro para oito em grandes avenidas das Zonas Leste, Norte, Oeste e Sul. O período de bloqueio também foi ampliado e passou a ser operacionalizado entre às 6h e 10h.
O maior congestionamento registrado nesta terça-feira (5) na capital paulista foi 3,5 km na Radial Leste. A técnica de enfermagem de laboratório, Franciene Teixeira, disse que ficou mais de três horas no congestionamento. A enfermeira Renata Nicomuceno relatou que não imaginava que o bloqueio fosse atrapalhar tanto o seu horário. “Eu sabia que ia ter alguns bloqueios, mas imaginei que pelo horário que eu saí não teria problema”, denunciou.
Na avenida Moreira Guimarães, no corredor Norte-Sul, trabalhadores da saúde que mostraram documentos foram liberados. Mas uma ambulância não conseguiu autorização para passar e teve que desviar o caminho, outras quatro passaram, porém só depois de ficar no congestionamento. O bloqueio causou 1 km de engarrafamento. O pico de congestionamento na cidade de São Paulo chegou a 19km às 8h da manhã.
O secretário municipal de mobilidade e transportes, Edson Caram, disse que, por enquanto, os bloqueios vão continuar. Ele prometeu que vai fazer ajustes e que vai avaliar se a medida está dando certo.
Esta é a política assassina de um dos gestores ”científicos” da burguesia: ambulâncias e médicos barrados pela prefeitura. O que revela que toda a defesa que a esquerda faz desses inimigos do povo, por mais demagogia que fazem em relação a ciência, é nada mais nada menos que um tiro no pé. Não se importam com as vidas humanas, este é só mais um exemplo.
Para enfrentar a situação de crise de pandemia e crise do capitalismo, a classe operária precisa se organizar com um programa próprio, independente dos seus algozes de classe, como por exemplo os militantes do PCO estão fazendo na investida pela formação de conselhos de saúde nos bairros populares.
Classe operária unida e organizada, jamais a reboque da burguesia. Fora Bolsonaro! Fora Doria! Fora Covas!