O governo da Espanha, comandado pela coalizão PSOE/Podemos, autorizou, a partir desta segunda-feira (13), uma retomada parcial do trabalho. Isto é, mesmo a Espanha sendo o terceiro país com o maior número de mortes por coronavírus, o governo permitirá aos espanhóis retomarem o caminho para as fábricas, canteiros de obras e escritórios.
O desprezo com a vida dos trabalhadores marca a volta ao trabalho. É uma tentativa desesperada de salvar a economia do país, ainda bastante fragilizada pela Covid-19, e acontece após o fim de duas semanas de paralisação de todas as atividades não essências.
A ausência de testes, leitos, médicos e recursos que mantenham a população segura com o isolamento são complementos necessários sem os quais o paliativo das máscaras tem apenas um efeito placebo e psicológico. A única medida que está sendo tomada é a distribuição gratuita de máscaras nas estações de metrô para os passageiros, um gesto pouco eficiente, sem a suspensão remunerada dos trabalhos nas fábricas.
A comunidade autônoma de Madri, onde se encontra a capital espanhola, é a região mais afetada, seguida pela Catalunha. De outro lado, tem-se notícia do retorno do vírus na Coreia do Sul, a notícia macabra deveria servir para refrear a busca do lucro e o desprezo pela vida dos trabalhadores.
Além do mais, a Europa continua sendo o continente mais afetado pela pandemia, com mais de 75.011 mortes e 909.673 casos de contaminação.
Mesmo na França, o presidente Emmanuel Macron já enfraquecido com as lutas de ruas, deverá anunciar na noite desta segunda-feira (13) uma extensão do confinamento da população. Neste domingo (12), o país observou uma ligeira diminuição no número de pacientes em terapia intensiva pelo quarto dia consecutivo, bem como no número de mortes em um dia no hospital (310 mortos contra, 345 no dia anterior), para um total de 14.393 casos fatais.
Os Estados Unidos continuam sendo o país mais afetado, com pelo menos 22.020 mortes e mais de 555.000 casos confirmados. Porém, o número diário de mortos vem mostrando sinais de queda há vários dias em alguns dos países mais afetados como Itália, França e Estados Unidos.
Mas, o que anima essa atitude do governo espanhol, um governo da esquerda burguesa e pequeno burguesa (PSOE-Podemos)? Por que leva em frente essa política assassina sendo a Espanha, o 3º país do mundo com mais mortes, com 700 mortes por dia?
Este é o resultado da ausência da política desastrosa da esquerda pequeno-burguesa internacional, que, na falta de um programa, se colocou a reboque do imperialismo.