Apesar de todas as declarações e críticas ao governo Bolsonaro nos últimos meses, Rodrigo Maia (DEM/RJ) se mostra tão liberal e a favor dos capitalistas quanto a equipe econômica de Paulo Guedes.
Após o fracasso dos índices econômicos divulgados para o primeiro ano de governo Bolsonaro, muito abaixo das expectativas, ficou claro que as reformas impostas para prejudicar a população trabalhadora não foram e não serão a solução para a crise econômica que assola o país. Porém, para Rodrigo Maia, o fracasso está na demora da aprovação dessas reformas, ou seja, a crítica não está na política econômica do governo, mas sim na demora para que elas aconteçam e prejudiquem ainda mais o povo brasileiro. Além da reforma da previdência e o teto de gastos, estão na agenda econômica do governo a reforma tributária e administrativa. Segundo Maia, as reformas deveriam ter sido aprovadas já no começo do mandato de Bolsonaro em 2019, e que um dos fatores para a demora se deve á relação conturbada entre governo e parlamentares. Outro fator agravante para a economia nacional é a crise mundial causada pelo corona vírus e a guerra dos preços do petróleo, que segundo Maia, o governo deverá conduzir a reação do Estado Brasileiro com “serenidade” e “diálogo”, mas sabemos muito bem que quando uma grande crise capitalista está ocorrendo, o mais prejudicado é sempre a massa trabalhadora com as políticas liberais que só vêem o benefício e o “socorro” aos grandes capitalistas.
Ainda sobre o governo Bolsonaro, Maia declarou que as convocações feitas pelo presidente para os atos marcados para o próximo domingo (15) em favor do governo e ao fechamento do STF não são crimes cometidos e que não se enquadram para um pedido de impeachment. Estas declarações só demonstram o perigo e até mesmo a ingenuidade de uma parte da esquerda pequeno burguesa em propagarem a ideia de uma Frente Ampla com setores “moderados” da direita contra o governo Bolsonaro.
Não existe moderação e muito menos diálogo com a direita liberal, que sempre trabalha a favor dos capitalistas e contribuindo para o aumento da desigualdade e pobreza dos trabalhadores. A esquerda deve tomar a frente das decisões e convocar as massas para o Fora Bolsonaro e fora todos os golpistas, inclusive a “direita moderada” de Rodrigo Maia.