O presidente ilegítimo Jair Bolsonaro continua seu plano fascista de extermínio da juventude e da educação pública do país. Agora, através de suas redes sociais, anuncia que pediu ao Ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, para preparar orientações de retorno às aulas presenciais no país inteiro.
Nas palavras do fascista-chefe, “é inadmissível perder o ano letivo”.
Bolsonaro deve se basear experiência “bem sucedida” (para os fascistas) do Amazonas, onde apenas em Manaus, após o retorno das aulas presenciais, mais de 3o% dos educadores testados estavam contaminados com o COVID-19. Apenas na Escola Estadual José Bernadino Lindoso, foram 28 casos, seguida da Severiano Nunes e da Samuel Benchimol, também estaduais, com 10 casos até o início do mês.
Um dos pontos principais aqui é ver que as contaminação nas escolas públicas lidera, por grande margem, os casos de contaminação de professores. Isto é um ataque direto não apenas aos professores, mas à toda classe trabalhadora, pois os filhos desta que estudam nas escolas públicas e fazem uso cotidiano do transporte público para chegar ao local de estudo.
A contaminação de professores, que pode levar ao seu óbito, é gravíssima, tanto pelo aspecto humano, dada a perda de um profissional tarimbado, quanto pelo aspecto administrativo, pois com o teto de gastos e os cortes no orçamento da educação, a possibilidade para abertura de novos concursos é remota, sobrecarregando, ainda mais o sistema público de educação ao ponto que este tenha mais deficiências ainda.
Além disso, as crianças e jovens – em sua grande maioria assintomáticos quanto infectados, como já largamente comprovado – funcionam como veículos de transmissão do vírus para adultos e idosos nos locais de moradia e convivência.
O interesse do sucateamento da educação pública é total pela burguesia, especialmente a imperialista, os verdadeiros chefes do bolsonarismo. Tanto pela possibilidade de impedir o acesso da classe trabalhadora à educação quanto para que, caso ela ainda queira ter educação, deverá pagar para ter este direito junto à iniciativa privada.
A iniciativa privada, durante a pandemia, vem fazendo o que pode para atacar os educadores. Em todos os níveis, demitiu um número elevadíssimo de professores, alegando ser a pandemia e a crise econômica as causas. Os salários também foram a patamares baixíssimos.
Um exemplo de ataque aos educadores na rede privada é a Universidade Salvador (Unifacs), do grupo americano Laureate, em Salvador/Bahia, que chegou a reduzir salários de professores de R$5,5 mil a R$900. Em um caso, um professor teve seu salário reduzido a pífios R$400. Isto sem contar o contrato criminoso de cessão completa de direito de voz e imagem que os professores foram obrigados a assinar, sem valor adicional, o que abre a possibilidade da Universidade utilizar as aulas gravadas do professor mesmo após este ser demitido.
Para o retorno das aulas presenciais, o governo promete pouco mais de meio bilhão de reais para as escolas serem equipadas. Trata-se de troça com a cara dos educadores e dos estudantes; o que equivaleria a menos de R$1 mil, em média, para cada escola pública do País. Enquanto isso, o governo pretende um corte de mais de R$5 bilhões na educação para 2021 e que poderá ser ainda maior, pois o governo pode, a depender da arrecadação ainda cortar mais recursos. O orçamento para os Institutos Federais (IFs), que possuem índices educacionais similares aos de países desenvolvidos, será reduzido em mais de 70%, o que inviabilizará o funcionamento de 29 IFs.
O governo fascista de Bolsonaro é inimigo do povo e da educação. É mais do que hora de mobilizar educadores, estudantes e toda classe trabalhadora pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas!