Crise capitalista

Países da União Europeia terão recessão histórica

Segundo a Comissão Européia, a previsão é que a economia na zona do euro deve ter uma queda de 7,75% este ano e a da União Europeia como um todo deverá atingir queda de 7,4%.

A crise capitalista potencializada pela pandemia do coronavírus está criando cenários caóticos dificilmente vistos nas economias mundiais, até mesmo nos países mais desenvolvidos, como na Europa. Segundo a Comissão Européia, a previsão é que a economia na zona do euro deve ter uma queda de 7,75% este ano e a da União Europeia como um todo deverá atingir queda de 7,4%.

Os reflexos da crise e a possível recessão histórica que deverá atingir o planeta já estão aparecendo. Na Espanha, o último mês de abril foi de recorde histórico de desempregados, chegando a 3.831.203 de trabalhadores sem emprego, maior número desde maio de 2016, e estima-se que em 2020 o país atinja 18,9% a taxa de desempregados. As previsões para a economia espanhola é de uma queda de 9,4% para este ano. Na Alemanha, o mês de abril obteve o resultado de um aumento de 13,2% no número de desempregados em relação ao mês de março deste ano, e as projeções da Comissão Européia são de que a economia alemã deva cair 6,5% em 2020.

As grandes quedas econômicas nos países europeus são generalizadas. Na França a estimativa é de uma queda de 8,2%, na Itália de 9,5%. Em 2020 o desemprego na zona do euro deve atingir os 9,5%, e na área da União Europeia o índice deve chegar a 9%. Além disso, o aumento das dívidas públicas também preocupa os países europeus. A Itália deve terminar 2020 com uma dívida pública correspondente a 158,9% do PIB, sendo a maior desde a Segunda Guerra Mundial. Todos os países do euro deverão superar o limite de 3% de endividamento no ano de 2020, o que demonstra a crise generalizada que assola o capitalismo.

Todos esses dados só demonstram que nem mesmo as potências imperialistas estão isentas da crise capitalista que o planeta está enfrentando e deve continuar a enfrentar, afinal estamos numa fase da crise que há muitos anos não se via.

Apesar das previsões, ainda temos um futuro incerto e os números podem ser ainda piores, já que não sabemos ainda quando tudo deve voltar à normalidade, pois a pandemia ainda está em pleno desenvolvimento e fazendo várias vítimas ao redor do mundo.

Os trabalhadores estão se deparando com um futuro de desemprego, queda de renda e consequentemente de pobreza e uma maior acentuação das desigualdades em relação à burguesia. As revoltas dos trabalhadores começam a aparecer e nem mesmo a quarentena impediu a realização de manifestações dos trabalhadores que estão completamente insatisfeitos com as políticas dos governos burgueses para controlar a crise, como foi o caso dos protestos no Dia do Trabalhador na França, além de outras manifestações ao redor do mundo como no Líbano e no Chile.

A crise é global, intensa, e exige a união dos trabalhadores nesse momento tão difícil, em conselhos populares, em manifestações, pois mais uma vez a crise está atingindo em cheio os trabalhadores e não é do interesse burguês salvar a classe operária, mas que o proletariado pague pela crise colocando políticas violentas que só causam mais desigualdade e pobreza. A luta dos trabalhadores diante da crise é uma questão de sobrevivência.

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