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Parar a categoria urgente
Operadores de telemarketing denunciam contágio em sala sem janela
Os patrões expõe os trabalhadores à morte para manter os lucros
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- Trabalhadores muito próximos uns dos outros
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- Foto: Gabriel Teixeira / Agência O Globo
O telemarketing hoje é considerado pelo governo fascista com atividade essencial, para o atendimento de outros serviços com permissão para funcionar durante a pandemia continuarem, aumentando o lucro dos patrões que estão em casa, enquanto os funcionários de call centers no Recife continuaram a trabalhar e locais fechados e sem ventilação alguma. Segundo eles, sem ter recebido nenhuma orientação da empresa, estão sendo expostos ao risco, na verdade, à morte.
“Quando a gente ouviu falar em evitar aglomerações porque o vírus se propaga mais rápido, todo mundo ficou desesperado”, conta a teleoperadora Beatriz Silva, lembrando a reação dos colegas de call center ao ouvir as primeiras notícias sobre o avanço da pandemia de coronavírus.
“Isso é tudo o que uma operação de telemarketing é: um lugar totalmente fechado, sem janelas, com ar-condicionado por todos os lados. O telemarketing sempre foi um setor problemático porque, além de ser muito estressante, as condições de trabalho colaboram para esse ambiente. É muita cobrança, muito destrato, não só do cliente, mas na empresa. Então, qualquer coisa que acontece é motivo para estourar. Essa questão do coronavírus foi um estouro porque a empresa, mais uma vez, se posicionou como sempre se posiciona, que é não falando com a gente”, lembra Beatriz.
É preciso organizar a categoria e parar completamente as atividades.