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Politica suicida de Timochenko

Nova capitulação: dirigente da FARC propõe mudança da sigla

O líder da Força Alternativa Revolucionaria Comum (FARC), Rodrigo Londoño segue para uma politica capituladora em direção à direita fascista

Em uma nova capitulação à direita, o líder da Força Alternativa Revolucionaria Comum (FARC), Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timochenko, propõe mudar o nome do partido. Segundo ele a sigla não deve ter o mesmo acrônimo das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército de Pessoas (FARC-EP). “Sabíamos que isso nos afetaria e está criando dificuldades. Vou manter minha posição e argumentar. Espero que as maiorias do partido decidam mudar o nome” disse ele em entrevista ao El Espectador.

Uma ala dissidente do partido, liderada por Iván Marquez – que participou dos acordos de paz com o ex-presidente da Colômbia, Manuel Santos – declarou no dia 29 de agosto de 2019 a volta à luta armada, opondo-se ao atual líder do partido. Isto para combater os assassinatos de ex-guerrilheiros, que ocorreram em várias regiões do país e as perseguições políticas, ambas impostas pelo atual governo colombiano de Iván Duque, que tomou posse em agosto 2018, para ser capacho do imperialismo norte-americano.

Na entrevista, Londoño reiterou sua posição contra a luta armada, dizendo que nas atuais circunstâncias da Colômbia e da América Latina “é louco” levantar um projeto político de armas. “Em todos os processos de paz no mundo, houve pequenos setores que continuam na guerra, mas até agora, nenhum conseguiu avançar e acabar com as gangues criminosas que lutam por economias ilegais”, afirmou.

Um fato curioso e muito controverso que aconteceu no dia 11 de Janeiro de 2020 foi uma suposta tentativa de assassinato contra Timochenko. Segundo o diretor da Policia Nacional colombiana, Oscar Atehortua, dois ex-guerrilheiros “frustrados” com o acordo de paz de 2016 estavam próximos da propriedade do líder da FARC entre Quindío e Valle del Cauca para matá-lo. Um informante alertou as autoridades sobre o ataque, segundo os policiais houve troca de tiros e os dois acabaram morrendo. Rodrigo Londoño agradeceu e elogiou a polícia de Iván Duque.

Duque também elogiou a ação conjunta da polícia e reforçou a segurança do líder da FARC, o que gerou uma certa revolta dentro do partido, pois segundo os ex-guerrilheiros, a segurança de Timochenko deve ser feita pelos militantes do partido que disseram que estavam atentos no momento. Segundo o jornal El Espectador as famílias e advogados dos dois suspeitos alegam que eles foram mortos em locais e datas diferentes das apresentadas pela polícia, contrariando o que foi divulgado pelo departamento.

As diferenças dentro do partido se acentuaram com a prisão do ex-combatente Jesús Santrich em abril de 2018, acusado ainda em 2016, por um juiz de Nova York, de ter enviado ao Estados Unidos 10 toneladas de drogas. Com a detenção ele foi impedido de ocupar sua cadeira no congresso. A maioria dos ex-combatentes alegam arbitrariedades e perseguição política.

Dois veteranos da guerrilha, Joaquim Gómez e Bertulfo Álvarez, acusaram Timochenko de não acreditar na inocência do ex-guerrilheiro quando ele disse que Santrich deveria provar sua inocência, baseando-se no fato de que ele era culpado. Na contra mão da situação, o atual líder da FARC defendeu o senador e ex-presidente fascista Álvaro Uribe, pedindo para que em um processo movido contra ele pela corte colombiana por manipulação de testemunhas fosse respeitado o princípio de inocência.

Desde então, várias lideranças e combatentes deixaram o partido. A ex-guerrilheira Tanja Nijmeijer, que ingressou no partido em 2002 e Martin Batalla, que ingressou em 2005, renunciaram ao partido no ultimo dia 21 de janeiro, após expressarem através de cartas profundas diferenças com as lideranças do partido das FARC. “Espero que eles não tenham saído porque acreditam que o caminho é a luta armada”, disse Timochenko.

O que se apresenta é uma clara capitulação à direita do líder da FARC, negando-se a lutar contra o imperialismo e contra o governo fascista de Iván Duque. Mesmo que esses ataquem duramente a população em geral, os direitos dos trabalhadores colombianos e estejam perseguindo e matando lideranças e movimentos de esquerda do país. É visível que Timochenko leva o partido para uma uma aliança com os fascistas, o que nada mais é que uma política suicida.

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