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Coronavírus

Nos EUA, um massacre silencioso de presos

Prisões nos EUA serão campos de extermínio se nada for feito.

As prisões nos Estados Unidos da América se tornaram verdadeiros infernos de horror e morte devido à pandemia de coronavírus. A situação é tão grave que em Fort Lauderdale (Flórida), dezenas de automóveis participaram de um protesto, tocando suas buzinas e denunciando as condições subumanas nas prisões americanas.

Segundo os organizadores do protesto, as autoridades tiveram tempo suficiente para evitar contágio e mortes, mas nada foi feito. Foi criada também uma linha direta pela qual os presos, anonimamente, podem deixar mensagens. Como é de se esperar, essas mensagens são verdadeiros relatos de horror. Um detento escreveu: “na enfermaria vi um paciente com coronavírus, sangrando e tossindo. Ele morreu logo depois. As paredes estão cobertas de fezes, sangue nas roupas e colchões. Passei as últimas 72 horas sem acesso a banheiro ou higiene.”.

Apesar de todas as tentativas desses ativistas e dos familiares dos presos para estabelecerem uma comunicação com as autoridades para a consecução de um plano de ação, o fato é que essas autoridades ergueram um muro de silêncio relativo ao número de contaminados e mortos pela pandemia dentro dos presídios.

Como tem sido comum no mundo todo, o número de testes por milhão de habitantes não tem sido o suficiente para enfrentar a pandemia. O que é injustificável se considerarmos que estamos em 2020 e não na Idade Média da Peste Negra. Injustificável, mas explicável. E o motivo é a total incapacidade de se combater a pandemia como se deve sob a ditadura do capital.

Se os governos dos países capitalistas não combatem efetivamente a pandemia em benefício de toda a população, o que dizer daquela parcela do povo encarcerada? A ineficiência é maior ainda.

Se considerarmos que os EUA tem a maior população carcerária do mundo (2 milhões de pessoas, sendo que 45% dos americanos tem pelo menos um parente próximo que já foi preso), e já tendo ultrapassado a China em números absolutos — um país que tem uma população 3,5 vezes maior —, podemos imaginar o genocídio que está ocorrendo no sistema carcerário americano.

Além disso, as prisões americanas são, em grande parte, privadas, o que mostra que encarcerar é um negócio altamente lucrativo. Em 2017, o setor privado concentrava 8% da população carcerária norte-americana – aproximadamente 121 mil pessoas. Em 2016 o então presidente Barack Obama havia suspendido o uso dessas prisões. Porém, logo que tomou posse meses depois, Donald Trump as reativou, o que fez com que o valor das ações das duas maiores empresas do setor subissem muito: a CoreCivic subiu 56%, cotada à US$ 22,78. Já a GEO Group teve um acréscimo de 46%, à US$ 23,02.

Estamos falando de uma população cuja maior parte é de pessoas que cometeram pequenas infrações. Muitos também se encontram nessa situação devido à falta de dinheiro, porque não podem pagar os custos de uma fiança.

Com exceção de alguns poucos presos soltos principalmente nos estados da Califórnia e Nova York, os EUA não tem agido nesse sentido. E o cúmulo da desumanidade é que até milhares de imigrantes ilegais encarcerados e em situação de risco para o coronavírus não foram libertados.

A libertação de todos os presos que não ofereçam risco para a população deve ser feita imediatamente no mundo todo. É um absurdo que se mantenham pessoas confinadas em situação de exposição ao Coronavírus e sem as mínimas condições de higiene. Essas prisões se parecem cada vez com aos campos de concentração nazistas, que eram verdadeiros viveiros de infecções. Os responsáveis por este extermínio em massa nos dias de hoje não devem nada aos réus de Nuremberg.

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