Apesar de nas semanas anteriores, os mercados financeiros terem demonstrado uma aparente recuperação, na última quinta-fera (11 de junho), o mercado norte-americano teve o seu pior índice desde março. Os principais motivos para isso são a nova onda de crescimento do contágio do coronavírus e o alto índice de desemprego no país.
O índice Dow Jones caiu 6,9%, enquanto o S&P chegou a cair 5,9%. Além disso, a bolsa Nasdaq perdeu 5,3%. Estes três índices são os principais indicadores dos movimentos do mercado financeiro nos EUA. Seu cálculo se baseia nas cotações das ações das maiores empresas dos Estados Unidos. Na Europa, o índice Stoxx 600, que é o principal do continente, caiu 4%.
As ações que apresentaram maior queda foram as das Companhias Aéreas, além do preço do petróleo, que também teve queda vertiginosa. O barril de Brent, que é referência internacional, caiu 8%, fechando a US$38,32.
Os números tão desastrosos para o mercado financeiro internacional se deram após um crescimento nos números de infectados por coronavírus nos EUA. O país possui quase 2,15 milhões de infectados, com quase 118 mil mortes. Houve um recorde de novos casos nos estados de Alabama, Alaska, Arizona, Arkansas, California, Florida, Carolina do Norte, Oklahoma e Carolina do Sul neste fim de semana. Além disso, houve um recorde no número de hospitalizações nos estados de Arkansas, Carolina do Norte, Texas e Utah. A política de reabertura econômica se provou desastrosa nos EUA, assim como ela logo se provará no Brasil também.
Outro fator que vem causando a queda nas bolsas pelos EUA e também afetando o resto do mundo é o número de desempregados nos Estados Unidos. Apesar de ter havido uma pequena queda nesse índice durante as primeiras semanas de junho, o presidente do Banco Central norte-americano, Jerome Powell, afirmou que não há nenhum indício de que as coisas estejam realmente melhorando. Segundo ele, é preciso ainda esperar para ver os próximos dados, não podendo ficar tão otimistas com apenas uma primeira avaliação. A atual taxa de desemprego dos EUA é de 14,7%.
Toda essa situação deixa claro que o auxílio de quase US$3 trilhões dado pelo governo norte-americano aos capitalistas para aliviar os efeitos da pandemia não resolveu o problema de ninguém, a não ser dos bilionários do país. A pandemia continua a crescer no país mais rico do mundo e o desemprego continua alarmante. Enquanto isso, o povo sai todo dia às ruas para combater a repressão violentíssima do Estado burguês, com protestos que não param de crescer. A crise do capitalismo se aprofunda a cada dia que passa e o sistema financeiro já demonstra que não é capaz de dar conta da situação.