Mesmo após o acordo de paz assinado em 2016 pelos membros das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que a transformou em um partido político institucional denominado Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC), os casos de perseguição e assassinatos de ex-membros da guerrilha é recorrente em todo o território colombiano, o que demonstra o fascismo dos governos direitistas como o de Ívan Duque, que até o momento não tomou nenhuma providência quanto aos casos. Somente nesta semana, dois ex-combatentes foram mortos á tiros. O primeiro, na segunda-feira (15), foi Mário Tellez Restrepo, morto a tiros na cidade de Tibú. O segundo caso foi o de Alberto Calderón, na terça-feira (15), que também foi morto a tiros na cidade de Puerto Aís. As denúncias foram feitas por cidadãos e agentes políticos colombianos, e até agora não se sabe quem são os assassinos.
Segundo dados do partido FARC, já são 201 assassinatos de ex-combatentes desde o acordo de paz. Em abril, o partido denunciou a presença de um grupo fascista que estaria perseguindo os ex-combatentes na cidade de Argélica, onde um grupo armado de 100 pessoas estaria revistando casa por casa atrás de ex-membros do grupo, muitos deles em reincorporarão á vida civil. O congressista Sergio Marín na época afirmou que o partido responsabilizaria o presidente Ívan Duque e o seu ministro da defesa, Carlos Holmes Trujillo pelo que poderia acontecer, e no caso vem acontecendo em todas as partes do país, em que ex-combatentes são assassinados violentamente praticamente todos os dias.
O que está acontecendo na Colômbia com os ex-combatentes das FARC são o claro exemplo da ação de grupos fascistas na América Latina, além da violação de acordos de paz já estabelecidos entre guerrilheiros e o governo colombiano, porém o que realmente acontece é uma verdadeira chacina de camponeses e ex-combatentes, que não estão seguros dentro do território do país mesmo estando desarmados e retomando a vida civil. Além disso, o governo colombiano não toma nenhuma providência quanto à situação grave que está em curso, o que demonstra conivência com os ataques cometidos, e essa é uma tendência de todos os governos direitistas da América Latina para com os ataques a grupos revolucionários, sejam eles ativos ou até mesmo o caso das FARC, em que agora se trata de um partido institucional, assim como todos os outros partidos revolucionários.
Além da omissão do governo, outros órgãos usam a denúncia dos fatos como discurso demagógico, mas nada fazem para mudar a situação no país, como é o caso da ONU (Organização das Nações Unidas) que em maio deste ano denunciou a situação dos ex-combatentes, mas até agora nada de concreto foi realizado para acabar com o problema. É preciso denunciar e levantar um movimento internacional contra o governo fascista que está assassinando ex-combatentes e camponeses no território colombiano.
