Há alguns anos, os Estados Unidos e a China iniciaram uma guerra comercial ferrenha, procurando cada vez mais influência sobre o mercado global. O governo dos EUA, notavelmente a administração Trump, tem imposto sanções econômicas unilaterais implacáveis contra o governo de Xi Jinping, prejudicando o comércio do país com demais nações do mundo e promovendo um sentimento extremamente hostil.
Historicamente, o Estados Unidos é conhecido por lutar de forma bárbara, levando sua política às últimas consequências para garantir a sua dominação imperialista sobre o cenário político mundial. Dessa vez não seria diferente. Assim como durante a Guerra Fria, os EUA têm utilizado artifícios verdadeiramente subversivos para manchar a imagem da China frente à comunidade internacional, promovendo certas propagandas ideológicas que são indiscutivelmente asquerosas. Ademais, procura cercar fisicamente o território chinês, por meio da aliança com países próximos da China, como é o caso da Índia, e até mesmo pela invasão de países atrasados da região, como é o caso do Irã.
Mais recentemente, no final de março de 2019, surgiu, em Hong Kong, uma série de manifestações reivindicando a independência da região, além de exigir a expulsão da influência de Pequim sobre o território autônomo. Todavia, o que não foi divulgado e exposto pela mídia burguesa internacional é a verdadeira motivação por trás desses protestos. São, na realidade, atos à favor do imperialismo, voltados para aumentar a influência dos Estados Unidos – principalmente – sobre o território da China. A presença de bandeiras estadunidenses e inglesas já prova esse caráter, além do próprio apoio que essas potências fornecem aos manifestantes.
Com todo o cenário estabelecido, a China, já experiente acerca dos interesses imperialistas sobre seu território, escolheu não ficar imóvel enquanto assistia à crescente da política estadunidense sobre a política asiática. Disso, resultou a chamada Lei de Segurança Nacional, voltada para punir e arrefecer as tensões pró-imperialistas – que de pró-democracia não têm absolutamente nada – na região.
Na última terça-feira (30), a Lei de Segurança Nacional, já ratificada no final de maio pelo plenário do Congresso chinês, foi aprovada pelo Comitê Permanente do Congresso Nacional, o órgão máximo legislativo do país. Com isso, as tensões aumentaram, principalmente por parte da população revoltada – mobilizada pelo próprio imperialismo e seus representantes “diplomáticos” in locus – e de organizações internacionais alegadamente em defesa dos direitos humanos. Vale citar uma frase emitida pelo chefe da ONG Anistia Internacional, Joshua Rosenzweig:
A velocidade e o sigilo com os quais a China adotou essa legislação aumentam o medo de que Pequim tenha criado uma arma de repressão para usar contra críticos do governo […]
É notável o cinismo com o qual o imperialismo emite suas opiniões acerca de países atrasados e seus supostos regimes ditatoriais, principalmente quando utiliza a voz de ONGs e organizações “à favor” dos direitos humanos. Enquanto os Estados Unidos denuncia a situação em Hong Kong, esconde o que acontece em seu próprio território. Lá, manifestações realmente populares contra o regime autenticamente ditatorial dos EUA são recebidas pela polícia e pelo próprio exército.
No fim, é completamente legítimo a iniciativa da China de defender o seu próprio território das vis garras do imperialismo mundial. A famosa democracia estadunidense deve cair por terra e ser, finalmente, desmascarada. O fato é que não existe qualquer tipo de democracia sobre o regime da burguesia, muito menos dentro do território dos EUA. Somente o governo operário pode sanar a destruição que a política neoliberal causa sobre os trabalhadores e pôr um fim, de uma vez por todas, ao regime genocida das grandes potências imperialistas.