A juíza da 44ª zona eleitoral, Higyna Josita, proibiu eventos nas cidades de Pedras de Fogo, Pilar, Juripiranga e São Miguel de Taipu. Na classificação dos eventos proibidos estão as carreatas, motorreatas, comícios, e passeatas.
De acordo com a decisão, a proibição aconteceu com base no “Plano Novo Normal”, do governo do estado da Paraíba, que estabelece normas de segurança e distanciamento social devido a pandemia do coronavírus.
A juíza também considerou a situação da pandemia nas cidades, especialmente o município Pedras de Fogo, que mudou da bandeira amarela para a laranja em relação aos riscos de contaminação.
Estão liberados nesses municípios apenas a realização de palestras, seguindo o distanciamento social, a higienização pessoal, limpeza e higienização de ambiente, comunicação e monitoramento das condições de saúde – a mesma demagogia de sempre – “sob pena de incorrerem nos crimes previstos nos art. 132 e 268 do Código Penal, além do crime eleitoral previsto no art. 347 do Código Eleitoral”.
O “Plano Novo Norma”, é um decreto que estabelece diretrizes para o retorno das aulas presenciais na dos sistemas educacionais da Paraíba e demais instituições de ensino superior.
A execução do plano está vinculada ao resultado de inquérito sorológico que analisa o impacto da retomada das atividades educacionais presenciais na prevalência da contaminação do coronavírus na Paraíba, realizado pelas autoridades sanitária e de educação do Estado.
As análises que serão obtidas vão subsidiar as estratégias de retorno gradativo das atividades nas turmas nas diversas etapas e modalidades de ensino.
Ou seja, para fazer comícios e carreatas para levar as propostas dos candidatos ao povo, não pode, mas o retorno às aulas sem a vacina para um vírus que já matou mais de 150 mil pessoas por todo o país, especialmente em Pedras de Fogo – que teve de retroagir da bandeira amarela para a laranja em relação aos riscos de contaminação – isso pode sem problema nenhum.
O que podemos observar, é uma verdadeira maracutaia contra o povo, em plena corrida eleitoral. Tudo isso não passa de uma manobra totalmente arbitrária do poder Judiciário, fazendo com que as eleições sejam manipuladas, de acordo com o bel-prazer da burguesia parasita, que insiste com o seu jogo de cartas marcadas, especialmente nessas regiões onde o “coronelismo” é o que dita as regras.
O Judiciário permite todo tipo de crime contra o povo, como a volta às aulas e o abarrotamento dos transportes públicos nas cidades, mas na hora das eleições, se mostram muito “preocupados e zelosos” com a saúde da população.
Tudo isso é apenas para tornar as eleições mais antidemocráticas e direitistas, onde a burguesia já marcou as suas cartas.