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Acordo com fascistas

Interino da Segurança Pública de Rui Costa já atirou contra o MST

O governador da Bahia reafirma a colaboração do PT no estado com estes verdadeiros inimigos do povo em favor da repressão e contra a classe trabalhadora

Os últimos acontecimentos na pasta de segurança pública da Bahia – estado comandado pela ala direitista do Partido dos Trabalhadores que conta com figuras como Jaques Wagner, governador da Bahia de 2007 a 2014 e Rui Costa, atual governador do Estado – tem confirmado o caráter cada vez mais reacionário e fascista destas forças que se infiltram na esquerda para defender os interesses da burguesia. O caso da Bahia é gritante e não por acaso encontra um retrato nítido na chamada segurança pública, um mecanismo utilizado pela burguesia para impor seus interesses à classe trabalhadora através da repressão.

Na última segunda-feira (14), o então secretário de segurança pública, Maurício Barbosa, um elemento bolsonarista, que estava no comando da pasta há nove anos fazendo parte dos governos do PT de Jaques Wagner e Rui Costa, foi afastado do seu cargo por determinação do STJ por envolvimento em esquemas de venda de sentenças. Barbosa no seu cargo defendia a intensificação da repressão policial contra a população, tendo inclusive se encontrado com Bolsonaro em janeiro deste ano (2020) para pedir dentre outras coisas a recriação do ministério da Segurança criado pelo governo Temer em 2018 e extinto em 2019 e aumento de recursos para a repressão.

Com o afastamento, se nenhuma surpresa Rui Costa decidiu nomear para o comando da pasta o subsecretário e elemento ainda mais direitista Ary Pereira. Foi Ary que em 2013 com uma arma de fogo disparou várias vezes contra manifestantes sem terra do MST que revoltados com o assassinato de um companheiro no campo resolveram protestar em frente à Secretaria de segurança do Estado que, em tese, seria responsável por investigar o assassinato e cuidar para evitar a morte de trabalhadores do campo. Coisa que como todos sabem é uma farsa já que a segurança publica e seu aparato repressivo atuam não para a defesa dos trabalhadores mas contra estes.

Na ocasião Ary era subsecretário, Barbosa então titular da pasta defendeu a atitude do seu colega dizendo: “Tínhamos servidores, policiais, armamento, documentos, sistemas informatizados… Não pode um prédio desse ser tomado. É um desrespeito ao órgão e a quem sempre tratou os movimentos muito bem… agiram de forma desproporcional” .

Para os subordinados do governo do PT na Bahia os trabalhadores sem terra, que protestavam não sem motivos diante do verdadeiro genocídio que se processa contra os trabalhadores no campo por parte da burguesia, devem ser recebidos com mais tiros pelo estado. Atirar contra manifestantes, assim como faz a polícia militar por exemplo, não seria desproporcional, ou seja, defendem na prática os ataques aos movimentos sociais e à classe trabalhadora de conjunto, demonstrando claramente a quais interesses o estado burguês serve.

Há quem possa dizer que os membros da Secretaria de Defesa nada tem a ver com o os governadores do PT na Bahia, o que não é verdade, mas ainda que o fosse e existisse alguma duvida de que lado está a direita do PT, Jaques Wagner, governador do Estado pelo PT na época, fez questão de deixar as coisas bastante claras com declarações ainda mais repulsivas como esta: “(O tiro) foi para intimidar e não se (deixar) concluir o processo de ocupação e invasão no prédio da Secretaria de Segurança Pública. Daqui a pouco, um integrante do movimento ia estar sentado na cadeira do secretário. Só me faltava essa”.

Aqui, Jaques Wagner, hoje senador também pelo PT, demonstra uma postura muito mais direitista do que a do próprio Barbosa que é um bolsonarista. Para a ala direita do PT, o povo e os trabalhadores terem algum tipo de poder dentro do estado seria um verdadeiro absurdo, e qualquer tentativa dos trabalhadores neste sentido deve ser duramente reprimida.

O apoio às atitudes fascistas do subsecretário de segurança pública Ary Pereira em 2013 por parte do governo do PT na Bahia vai no mesmo sentido da nomeação do fascista, que recebeu o MST com tiros, para comandar a pasta de segurança pública na terça-feira (15). Com a nomeação Rui Costa reafirma a colaboração do PT da Bahia com estes verdadeiros inimigos do povo em favor da repressão, o que também pôde ser visto com a candidatura de uma policial Militar para concorrer à prefeitura de Salvador pelo PT.

Deixando assim mais uma vez evidente que o intuito da ala direita do PT, não é fortalecer o Partido dos trabalhadores e muito menos a luta política dos trabalhadores em torno dos seus interesses, e sim levar para dentro do PT as políticas mais impopulares possíveis da burguesia que massacra a classe trabalhadora e impor uma derrota à ala esquerdista e lulista mais ligada à classe operária.

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