A política de extermínio contra os presidiários, setores mais oprimidos da classe operária, é tão absurda que nem sequer o sistema penitenciário do Mato Grosso de Sul, governada pelo golpista Reinaldo Azambuja (PSDB), informa aos familiares dos presos sobre a situação destes na pandemia. Por conta disso, ocorreu na sexta-feira passada, protestos de familiares no Fórum de Campo Grande, exigindo informações dos seus parentes presos em verdadeiros campos de concentrações.
Por conta desta mobilização popular, veja-se a importância da luta nas ruas, o governo golpista cedeu e criou o “disk-Covid”, para então informar para aos parentes os casos de coronavírus dos detentos. Nota-se a política de economizar a qualquer custo, para salvar os capitalistas do estado, como é de costume, e não “gastar” em políticas sérias para combater a situação da pandemia neste contexto. Isto porque ao invés de liberar todos os presos provisórios, dos não perigosos, para diminuir a superlotação, investir testes em massa, dentre outras medidas, o que acontece é que foi necessário uma mobilização para exigir algo mínimo e que infelizmente não resolverá o quadro de infecção que é altíssimo aos presidiários.
É importante ressaltar que ocorre em todo país diversas mobilizações de familiares contra essa política de extermínio que a direita vem praticando contra os presos. Isto demonstra claramente qual caminho deve ser levado na luta por direitos, é somente nas ruas. Além disso, fica claro que a burguesia, com seu controle maior do Estado desde o golpe de estado, não quer ter nenhuma concessão com qualquer tipo de política pública, por conta da crise que o capitalismo se encontra, principalmente intensificada a de 2008.
Neste processo, a esquerda pequeno-burguesa, que se habituou na política eleitoral, fica cega e surda diante de atrocidades como essa porque busca apenas no carreirismo parlamentar uma ilusão de resolver todos os problemas do país.
Diante disso é importante que os familiares amplifiquem suas exigências, para conseguir atender as necessidades dos seus parentes presos. É preciso o esclarecimento da luta central política, que é Fora Bolsonaro e todos os golpistas. Sem este preceito fundamental, não haverá sucesso algum, pois todo o aparato do Estado está no controle dos lacaios do imperialismo, a corja golpista e o seu representante maior, Bolsonaro. Além disso, exigir como mencionado anteriormente, testes em massa para tratar os que estão contaminados, liberar os presos provisórios. Todas essas reivindicações só serão atendidas com uma única linguagem contra esse governo capitalista: a linguagem da força.